CPMI 8 DE JANEIRO

Torres chama suposta minuta de golpe de "aberração" e "imprestável"

Rhuan C. Soletti · 8 de Agosto de 2023 às 10:40 ·

Justificando a existência da minuta, Torres disse que tinha costume de levar arquivos recebidos para casa, mas que apenas os documentos importantes retornavam ao Ministério

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, iniciou seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, nesta terça-feira (8), dizendo que considera ter servido bem ao Brasil durante seu mandato como ministro da Justiça e chamou de “aberração” e “imprestável” a suposta minuta de golpe encontrada em sua casa. 

Nunca permiti que a Polícia fosse usada para perseguir adversários do governo”, disse Torres.

O texto com uma minuta de golpe, encontrado em sua casa após sua prisão em janeiro, seria “apócrifo, sem data, uma fantasiosa minuta, que vai para a coleção de absurdos que constantemente chegam aos detentores de cargos públicos”.

O ex-secretário disse ainda que comparece ao Senado com “espírito cooperativo” e usou de parte de sua fala para defender números de suas duas gestões.


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Anderson Torres afirmou não ter interferido as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “Eu não tinha atribuição de vetar o planejamento operacional de qualquer operação”, afirmou. “Todas as informações que recebi na data de 30 de outubro indicavam que tudo estava transcorrendo normalmente, e isso acabou sendo confirmada pelas entrevistas de autoridades da justiça eleitoral, logo após encerrada a votação.”

Justificando a existência da minuta, Torres declarou que tinha costume de levar arquivos recebidos para casa, mas que apenas os documentos importantes retornavam ao Ministério. “Teratológico”, um “absurdo”, diz ele sobre o documento, após a relatora Eliziane Gama questioná-lo da minuta. 

Tenho consciência que, no Ministério da Justiça, eu servi acima de tudo ao Brasil”, disse o ex-ministro. “Sempre agi dentro da lei, respeitando a hierarquia e a disciplina que são os pilares da Polícia Federal.”


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