Economista de extrema-esquerda, Marcio Pochmann, é nomeado para chefiar o IBGE

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou, nesta terça-feira (8), o economista de extrema-esquerda Márcio Pochmann para chefiar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O nome de Pochmann sofreu resistência nos bastidores do governo Lula, principalmente, no Ministério do Planejamento, que abriga o órgão.

Ao ser anunciado para o cargo no mês passado, o nome de Pochmann causou burburinho e fez com que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, se posicionassem contra a indicação.

De acordo com a CNN Brasil, a equipe de Tebet costuma chamar Pochmann de “terraplanista econômico”. Entre as críticas ao economista, também pesam acusações de “manipulação de dados”. Além disso, segundo a CNN, Haddad considera que Pochmann faz parte da “ala mais radical do partido”.

A equipe econômica de Lula teme que Pochmann repita o mesmo modelo administrativo que aplicou no Ipea e promova o aparelhamento político do IBGE.

Pochmann já presidiu o Instituto Lula e a Fundação Perseu Abramo (fundação do PT voltada à elaboração de estudos, debates e pesquisas). De 2007 a 2012, comandou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A repercussão em torno do seu nome fez com que Lula saísse em sua defesa.

"Ele é um dos grandes intelectuais deste país. É um rapaz extremamente preparado. Esse rapaz eu escolhi porque confio na capacidade intelectual dele, é um pesquisador exímio. Agora, algumas pessoas que possivelmente queriam ir para lá ficam colocando dúvidas sobre a idoneidade do Pochmann", declarou.

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