DESGOVERNO LULA

Ministros do STF pegaram carona em 14 voos da FAB em 2023

Rhuan C. Soletti · 8 de Agosto de 2023 às 09:20 ·

O campeão de voos em 2023 é o ministro Alexandre de Moraes, que chegou a fazer 8 viagens, por enquanto

Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) constam como acompanhantes em pelo menos 14 voos da Força Aérea Brasileira (FAB), requisitados por ministros do governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apenas no primeiro semestre de 2023.

Os dados foram publicados pelo Poder360 via Lei de Acesso à Informação.

Essa política de “boa vizinhança” com os ministros contrasta com o que ocorreu durante o governo Bolsonaro. De 2019 a 2022, foram identificadas apenas 10 caronas dadas aos juízes do Supremo. Isso é menos do que nos primeiros 6 meses do atual governo.

O campeão de voos em 2023 é o ministro Alexandre de Moraes, que realizou 8 viagens até o momento. Foram 7 partindo de Brasília (DF) para São Paulo (SP), sua cidade natal, e uma de São Paulo para Brasília.

Ministros e respectivas viagens em 2023:

  • Alexandre de Moraes (8)
  • Ricardo Lewandowski (4)
  • Gilmar Mendes (2)

Não há ilegalidade nos voos. Dispositivos presentes no decreto presidencial que regulam o assunto permitem esse tipo de carona. No entanto, os registros de acompanhantes não são divulgados ativamente pela FAB. Para que o Poder360 pudesse elaborar a matéria, foram necessários 37 pedidos de Lei de Acesso à Informação, além de recursos em diversas instâncias.


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Os ministros do TSE também

Três ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também pegaram carona em um avião da FAB duas horas após a Corte declarar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível. Moraes, presidente da Corte, Floriano Marques e André Ramos Tavares entraram em um voo de Brasília para São Paulo, requisitado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo Ministério da Defesa.

Os ministros André Ramos Tavares e Floriano Marques, que acompanharam Moraes no voo, foram empossados no TSE em 30 de maio, 1 mês antes do julgamento do ex-presidente Bolsonaro. Ambos foram nomeados por Lula para ocupar as vagas deixadas por Sérgio Banhos e Carlos Horbach.

Questionado sobre a coincidência de datas, o Ministério da Fazenda (MF) afirmou que “não há impedimento legal para viagens compartilhadas entre autoridades dos Três Poderes”.


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