CPMI: Magno Malta questiona as urnas com antigo vídeo de Dino alegando fraude eleitoral
“Houve várias modalidades de fraude", diz Flavio Dino em vídeo questionando as eleições de 2010 no Maranhão
Durante o depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta terça-feira (8), o senador Magno Malta (PL-ES) resgatou um vídeo antigo do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), questionando as urnas eletrônicas.
As imagens foram gravadas após a vitória de Roseana Sarney (MDB) na eleição para o Governo do Maranhão, em 2010. A emedebista venceu em primeiro turno, com 50,08%. Dino foi o segundo colocado naquela eleição.
“Houve várias modalidades de fraude, algumas já identificadas pela Justiça Eleitoral, pelo Ministério Público, pela imprensa, já foram noticiadas, e nós estamos neste momento em uma atitude de aguardar a ação dessas instituições, porque são fatos documentados, públicos e notórios, que abrangeram todo o período da propaganda eleitoral, com a distribuição de vantagens indevidas, com a compra de votos, tudo isso podendo influenciar o resultado das eleições”, diz Dino no vídeo utilizado por Malta.
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) July 4, 2023
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Depoimento de Torres
Anderson Torres disse, no depoimento, que a responsabilidade pelo número de policiais na Esplanada dos Ministérios no dia da manifestação era da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele argumentou que a Secretaria de Segurança era responsável pelo planejamento da operação, e não a execução.
“O que o protocolo colocou para a PM, a PM tem que cumprir; o que o protocolo colocou para a Polícia Civil, a Polícia Civil tem que cumprir. Meios, efetivos, número de homens, é com cada instituição”, explicou o ex-secretário.
De acordo com Torres, caso o Protocolo de Ações Integradas (PAI) assinado por ele, que continha o planejamento da segurança para o dia 8 de janeiro, era “perfeitamente elaborado”, e se tivesse sido seguido à risca, “seríamos poupados dos lamentáveis atos do dia 8 de janeiro”, segundo ele.
Além disso, Torres disse que nunca questionou o resultado das eleições:
“Eu nunca questionei o resultado das eleições. Fui o primeiro ministro a receber a equipe de transição, no caso, do atual ministro Flávio Dino, que seria meu sucessor. Entreguei relatórios, agi de forma transparente, sempre no sentido de facilitar. Durante a transição, não foi registrado qualquer contratempo, e tudo correu dentro da normalidade em relação ao Ministério da Justiça”, declarou.
“Nunca permiti que a Polícia fosse usada para perseguir adversários do governo”, disse Torres, ao ser questionado sobre sua atuação.
O ex-secretário alegou ainda que considera ter servido bem ao Brasil durante seu mandato como ministro da Justiça e chamou de “aberração” e “imprestável” a suposta minuta de golpe encontrada em sua casa. Ele disse que comparece ao Senado com “espírito cooperativo” e usou de parte de sua fala para defender números de suas duas gestões.
O texto da minuta, encontrado em sua casa após sua prisão em janeiro, seria “apócrifo, sem data, uma fantasiosa minuta, que vai para a coleção de absurdos que constantemente chegam aos detentores de cargos públicos”.
Esta é a primeira vez que Torres fala em público sobre o papel dele à frente da secretaria de segurança do DF quando ocorreu a invasão das sedes dos Poderes, em Brasília
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