CPMI 8 DE JANEIRO

CPMI: Magno Malta questiona as urnas com antigo vídeo de Dino alegando fraude eleitoral

Rhuan C. Soletti · 8 de Agosto de 2023 às 15:04 ·

Houve várias modalidades de fraude", diz Flavio Dino em vídeo questionando as eleições de 2010 no Maranhão

Durante o depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nesta terça-feira (8), o senador Magno Malta (PL-ES) resgatou um vídeo antigo do ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), questionando as urnas eletrônicas. 

As imagens foram gravadas após a vitória de Roseana Sarney (MDB) na eleição para o Governo do Maranhão, em 2010. A emedebista venceu em primeiro turno, com 50,08%. Dino foi o segundo colocado naquela eleição. 

Houve várias modalidades de fraude, algumas já identificadas pela Justiça Eleitoral, pelo Ministério Público, pela imprensa, já foram noticiadas, e nós estamos neste momento em uma atitude de aguardar a ação dessas instituições, porque são fatos documentados, públicos e notórios, que abrangeram todo o período da propaganda eleitoral, com a distribuição de vantagens indevidas, com a compra de votos, tudo isso podendo influenciar o resultado das eleições”, diz Dino no vídeo utilizado por Malta.


Veja mais

Na Cúpula da Amazônia, Gustavo Petro pede o fim do petróleo e alfineta Lula

Torres chama suposta minuta de golpe de "aberração" e "imprestável"

Bolsonaro recorre da decisão do TSE que o tornou inelegível


Depoimento de Torres

Anderson Torres disse, no depoimento, que a responsabilidade pelo número de policiais na Esplanada dos Ministérios no dia da manifestação era da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele argumentou que a Secretaria de Segurança era responsável pelo planejamento da operação, e não a execução. 

O que o protocolo colocou para a PM, a PM tem que cumprir; o que o protocolo colocou para a Polícia Civil, a Polícia Civil tem que cumprir. Meios, efetivos, número de homens, é com cada instituição”, explicou o ex-secretário.

De acordo com Torres, caso o Protocolo de Ações Integradas (PAI) assinado por ele, que continha o planejamento da segurança para o dia 8 de janeiro, era “perfeitamente elaborado”, e se tivesse sido seguido à risca, “seríamos poupados dos lamentáveis atos do dia 8 de janeiro”, segundo ele.

Além disso, Torres disse que nunca questionou o resultado das eleições: 

Eu nunca questionei o resultado das eleições. Fui o primeiro ministro a receber a equipe de transição, no caso, do atual ministro Flávio Dino, que seria meu sucessor. Entreguei relatórios, agi de forma transparente, sempre no sentido de facilitar. Durante a transição, não foi registrado qualquer contratempo, e tudo correu dentro da normalidade em relação ao Ministério da Justiça”, declarou.

Nunca permiti que a Polícia fosse usada para perseguir adversários do governo”, disse Torres, ao ser questionado sobre sua atuação.

O ex-secretário alegou ainda que considera ter servido bem ao Brasil durante seu mandato como ministro da Justiça e chamou de “aberração” e “imprestável” a suposta minuta de golpe encontrada em sua casa. Ele disse que comparece ao Senado com “espírito cooperativo” e usou de parte de sua fala para defender números de suas duas gestões.

O texto da minuta, encontrado em sua casa após sua prisão em janeiro, seria “apócrifo, sem data, uma fantasiosa minuta, que vai para a coleção de absurdos que constantemente chegam aos detentores de cargos públicos”.

Esta é a primeira vez que Torres fala em público sobre o papel dele à frente da secretaria de segurança do DF quando ocorreu a invasão das sedes dos Poderes, em Brasília 


Veja mais

Líderes partidários vão definir estrutura do órgão regulatório das "fake news", diz relator do PL da Censura

“Nunca questionei o resultado das eleições”, diz Torres à CPMI

Ministros do STF pegaram carona em 14 voos da FAB em 2023

Economista de extrema-esquerda, Marcio Pochmann, é nomeado para chefiar o IBGE

Moraes decide que Anderson Torres deve prestar depoimento na condição de testemunha

Na véspera da Cúpula da Amazônia, Lula diz que a floresta "tem que gerar riqueza, não ser santuário"

 


"Por apenas R$ 12/mês você acessa o conteúdo exclusivo do Brasil Sem Medo e financia o jornalismo sério, independente e alinhado com os seus valores. Torne-se membro assinante agora mesmo!"



ARTIGOS RELACIONADOS