Pivô de operação contra Jordy não estava em Brasília no 8 de janeiro
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O deputado Jordy é um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada no Rio de Janeiro e Distrito Federal. Ao que alega a defesa, a foto usada pela PF no inquérito, para provar a presença do CVC em Brasília, é adulterada
Defesa de Carlos Victor de Carvalho, conhecido como “CVC” e pivô da operação que mirou o deputado federal Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara dos Deputados, apresenta documentos que questionam a versão da Polícia Federal. Segundo a defesa, o GPS do celular de CVC aponta que ele não estava em Brasília no dia 8 de Janeiro de 2023, data em que ocorreram as depredações às sedes dos Três Poderes.
Os registros de localização indicam que às 11h12 do referido dia, CVC dirigiu até o Parque do Prado em Campos dos Goytacazes (RJ), circulou nas proximidades de uma escola e estacionou em um supermercado Super Bom até as 12h07. No dia seguinte, 9 de janeiro, câmeras de segurança da loja Açaí Bom e Gostoso, na mesma cidade, mostram CVC no interior da lanchonete às 19h. Esses dados contradizem a afirmação da PF, que alega a presença dele em Brasília em 8 de janeiro.
A Procuradoria Geral da República (PGR) está trabalhando com a hipótese de que Jordy mantinha uma "forte ligação" com um dos organizadores dos eventos de 8 de janeiro, solicitando sua investigação ao STF. No entanto, o próprio deputado negou qualquer envolvimento e afirmou não ter relação ou ter incentivado a depredação dos prédios dos Três Poderes.
A defesa sustenta que CVC não visita Brasília há anos e que seria impraticável o deslocamento de Campos para a capital para participar da manifestação antidemocrática, considerando as longas distâncias. Contudo, existe um ponto mais intrigante: ao que alega a defesa, a foto usada pela PF no inquérito é adulterada. A comparação entre a elencada no processo e a original – publicada em 2019 no perfil do CVC – pode ser vista a seguir:
No pedido de revogação de prisão, a defesa argumenta que a foto em questão foi tirada durante a posse de Bolsonaro em 2019 e repostada por CVC no 8 de janeiro "com críticas ao presidente". Ele teria apagado a foto horas depois e, no dia seguinte, divulgou um vídeo negando participação nos eventos em Brasília.
Entenda
O deputado Jordy é um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada no Rio de Janeiro e Distrito Federal, na manhã da quinta-feira (18). O gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados foi incluído entre os locais alvos dessas diligências, sendo acompanhado pela Polícia Legislativa. A ação teve início por volta das 7h10 da manhã.
No total, a PF está executando dez mandados de busca e apreensão, todos emitidos pelo STF. Através das suas redes sociais, Jordy afirmou que a busca e apreensão emitida por Moraes contra ele é uma "medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal".
— Carlos Jordy (@carlosjordy) January 18, 2024
Entenda as atrocidades do STF:
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