Diretor de Benefícios do INSS é demitido após repercussão do caso dos descontos
Entre 2023 e 2024, 29 entidades receberam mais de R$ 2 bilhões em descontos de aposentadorias.
O diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), André Fidelis, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (05) devido à repercussão dos descontos de entidades sobre os vencimentos de aposentados. De acordo com as investigações, Fidelis era responsável por assinar acordos de cooperação com associações e sindicatos, permitindo que oferecessem serviços com planos de saúde, seguros e auxílio-funeral em troca de descontos das aposentadorias dos filiados ao INSS. As informações foram publicadas pelo Metrópoles.
O caso foi apurado pela Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o próprio INSS. O TCU ordenou uma investigação de responsabilidades e a interrupção dos descontos de entidades. Com base também em reportagens do Metrópoles, o Ministério Público Federal (MPF) articulou pela devolução de dinheiro aos aposentados e pela suspensão dessas práticas. Em meio às repercussões, Fidelis assinou ao menos sete novos termos de cooperação somente em 2024.
Segundo informações do Metrópoles, essas entidades registraram um crescimento substancial em suas receitas e no número de associados em meio a acusações de irregularidades na adesão de idosos. Entre 2023 e 2024, 29 entidades receberam mais de R$ 2 bilhões em descontos de aposentadorias. O faturamento mensal dessas organizações aumentou significativamente, passando de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões durante esse período.
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