CONFLITO NO EQUADOR

Em resposta ao crime organizado, Equador prende mais de 3 mil indivíduos; entre eles, terroristas

Rhuan C. Soletti · 23 de Janeiro de 2024 às 09:33 ·

Os ataques do crime organizado eram recheados de sequestros, assassinatos de policiais, alertas de explosões, incêndios de veículos e tumultos em prisões com reféns, posteriormente libertados

Forças de Segurança do Equador efetuaram a prisão de 3.052 indivíduos, com 158 deles enfrentando acusações relacionadas a atos de terrorismo. O cenário ocorre em um período de 2 semanas após a declaração do governo equatoriano sobre um conflito armado interno contra o crime organizado. Os dados foram apresentados em um balanço divulgado na segunda-feira (22) pelas autoridades equatorianas, que detalharam as operações policiais e militares conduzidas sob esse novo contexto, e o conflito armado interno iniciou-se na terça-feira (9).

Mais de 1.036 armas de fogo, 1.319 armas brancas, 135 alimentadores de armas, mais de 40.200 munições e quase 5.000 explosivos foram apreendidos pelas forças de segurança durante o período. Não para por aí: mais de 22 toneladas de drogas e mais de US$ 23,2 mil (R$ 114 mil) em dinheiro foram confiscados. Vinte e dois grupos do crime organizado foram oficialmente designados como agentes não estatais beligerantes e terroristas. 

O promotor César Suárez, encarregado das investigações sobre o ataque ao canal de televisão TC em 9 de janeiro, foi assassinado na quarta-feira (17) em meio ao conflito armado interno – resultando na prisão de 13 pessoas.

O presidente do Equador, Daniel Noboa (foto de destaque), declarou, em resposta aos ataques violentos perpetrados pelo crime organizado, o estado de conflito armado interno em 9 de janeiro. Os ataques do crime organizado eram recheados de sequestros, assassinatos de policiais, alertas de explosões, incêndios de veículos e tumultos em prisões com reféns, posteriormente libertados.

Reprodução: X

Além das prisões, as autoridades equatorianas reportaram a eliminação de cinco membros desses grupos recém-classificados como terroristas desde o dia 9, incluindo dois policiais mortos e outros 11 libertados de sequestros perpetrados por essas facções. Ainda, cerca de 90 prisioneiros escaparam, incluindo Fabricio Colón Pico, identificado como um dos líderes da gangue "Los Lobos", acusado de planejar um atentado contra a procuradora-geral, Diana Salazar. 

O governo equatoriano também informou sobre 13 ataques a infraestruturas públicas e privadas, juntamente com 12 a estabelecimentos policiais durante o mesmo período.


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