Fabio Wajngarten diz que Bolsonaro já entregou passaporte às autoridades
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Nesta manhã (8), a Polícia Federal (PF) iniciou a operação Operação Tempus Veritatis, com foco em aliados do ex-presidente, como parte de uma investigação sobre uma suposta organização criminosa que teria supostamente trabalhado para promover um "golpe de Estado" após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022
O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, afirmou agora há pouco, na tarde desta quinta-feira (8), que o ex-presidente já entregou seu passaporte às autoridades. Isso ocorre em meio à investigação da Operação Tempus Veritatis, na qual Bolsonaro é alvo, com a Polícia Federal emitindo um prazo de 24 horas para a entrega do documento, seguindo ordens do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O passaporte do Presidente @jairbolsonaro já foi entregue para as autoridades competentes, antes das 12:00, em BSB conforme determinação.
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) February 8, 2024
Mais cedo, também na sua conta do X, Wajngarten informou que Bolsonaro instruiu seu assessor, Tércio Arnaud, a retornar a Brasília. Arnaud estava alojado em uma residência do ex-presidente em Mambucaba, no litoral do Rio de Janeiro. Agora, ambos estão sob escrutínio da mesma operação.
Moraes também proibiu qualquer espécie de comunicação entre os investigados.
Em cumprimento às decisões de hoje, o Presidente @jairbolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes.
— Fabio Wajngarten (@fabiowoficial) February 8, 2024
Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não…
Entenda
Nesta manhã (8), a Polícia Federal (PF) iniciou uma operação com foco em aliados do ex-presidente, como parte de uma investigação sobre uma suposta organização criminosa que teria trabalhado para promover um golpe de Estado e ameçar o Estado Democrático de Direito após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Segundo a PF, as apurações indicam que o grupo investigado se dividiu em diferentes núcleos para disseminar a ideia de fraude nas eleições presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, com o objetivo de facilitar e legitimar uma intervenção militar, utilizando estratégias de "milícia digital".
Dentre os alvos das buscas, estão figuras como o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
A operação resultou na prisão de várias pessoas, incluindo Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel do Exército envolvido em outras investigações relacionadas a Bolsonaro, Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército, e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
No total, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo proibição de contato com outros investigados, restrição de saída do país com entrega dos passaportes em 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.
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