INTERNACIONAL

Corina Machado convoca "protesto mundial" contra censura eleitoral na Venezuela

Luís Batistela · 3 de Abril de 2024 às 09:54 ·

As restrições aplicadas pela ditadura chavista foram repercutidas pelas entidades e governos do mundo inteiro. 

A opositora Maria Corina Machado, por meio de suas redes sociais nesta terça-feira (02), convocou um “protesto mundial” para o próximo sábado (06) contra o “bloqueio eleitoral” imposto pela ditadura chavista aos seus dissidentes nas eleições presidenciais de 28 de julho. Corina Machado convidou os venezuelanos que vivem no exterior a “levantar a voz” nas “várias cidades do mundo” contra o “bloqueio” aplicado por Nicolás Maduro, que concorrerá ao seu terceiro mandato consecutivo.

"Temos de fazer com que o mundo nos ouça, conseguir um apoio muito importante e temos de continuar um avanço [...] não vamos permitir que Nicolás Maduro escolha o candidato que vai enfrentar, porque nós, venezuelanos, é que temos esse direito. Neste sábado, 6 de abril, o mundo deve ver a Venezuela unida, firme, determinada a avançar no caminho da liberdade”, afirmou.

Corina Machado solicitou aos compatriotas que residem no exterior que procurem os consulados para votar nas eleições presidenciais da Venezuela. Após ser impedida de concorrer devido uma inabilitação política imposta pelo regime chavista, a opositora propôs como substituta a filosofa Corina Yoris. No entanto, Yoris também alegou não ter conseguido se inscrever no pleito da Plataforma Unitária.

“Fizemos todas as tentativas para introduzir os dados dos partidos Mesa da Unidade Democrática e Um Novo Tempo e o sistema está completamente fechado para entrar digitalmente. Esgotamos todos os meios ao nosso alcance para resolver isso”, alegou.

As restrições aplicadas pelo governo prontamente foram repercutidas no mundo inteiro. Pressionado pelas entidades internacionais, Maduro, nesta segunda-feira (01), argumentou ter “o sistema eleitoral mais confiável, transparente e auditado do mundo”. O ditador ainda atacou os Estados Unidos por suspostamente liderar uma campanha difamatória contra sua administração.

"Começou o circo, começou a campanha, há nervosismo em Washington, há nervosismo nos sobrenomes da oligarquia, há nervosismo na direita regional, deixem de ser nervosos", destacou.

Também o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, administrado pela ditadura chavista, acusou Washington de “desacreditar as eleições presidenciais”. De acordo com Maduro, as ‘interferências’ estrangeiras não conseguirão definir “o que vai acontecer” no pleito, pois o cenário “está marcado entre o céu e a terra”.

 


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