BRASIL

"Eles não querem mais me prender, querem que eu seja executado", diz Bolsonaro em comício no RS

Luís Batistela · 26 de Julho de 2024 às 11:09 ·

Bolsonaro insinua que medidas de Lula e do STF podem facilitar seu assassinato.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, durante um comício em Caxias do Sul (RS) nesta quinta-feira (25), afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o atual governo estão tomando medidas para prejudicar sua segurança. Na ocasião, citando o atentado contra o ex-presidente americano Donald Trump na Pensilvânia, o ex-chefe do Executivo disse que “eles não querem mais me prender, querem que eu seja executado”. A declaração foi feita durante um ato em apoio à pré-candidatura do vereador Maurício Scalco (PL), que concorrerá a prefeito nas eleições de 2024.

“Vocês estão acompanhando nas mídias sociais o que aconteceu na tentativa de assassinato de Donald Trump? Por que o Serviço Secreto foi tão negligente? No meu caso, quando voltei para o Brasil, pela presidência, tinha direito a dois carros. Lula pessoalmente me tirou os dois carros blindados. Tenho direito a oito funcionários, os quatro que trabalharam na minha segurança, por medidas cautelares, tirei os quatro que trabalharam na minha segurança. Até o meu filho, o ‘02’ [Carlos Bolsonaro], ao tentar renovar seu porte de arma, foi negado pela PF”.

“Eles querem facilitar. Eles não querem mais me prender, querem que eu seja executado. Não posso pensar outra coisa. Mas tem uma coisa, o que aconteceu nos EUA nos últimos anos, como um espelho, vem acontecendo no Brasil. Eu acredito na eleição de Donald Trump em novembro no atual ano”, afirmou Bolsonaro.

Em nota enviada à Gazeta do Povo, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou que, conforme a lei nº 7.474/1986, nenhum ex-presidente tem direito a veículo blindado. “As regras para ex-presidentes são as previstas na Legislação (Lei nº. 7.474/1986) e são as mesmas para todos os ex-presidentes: nenhum deles tem veículo blindado à provisão. Sobre as medidas cautelares, devem ser encaminhadas ao órgão responsável (...). O ex-presidente Jair Bolsonaro tem direito para qualquer indicação nome para sua segurança, conforme prevista na lei”, afirma o comunicado.

 


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