INTERNACIONAL

Venezuela tem "o sistema eleitoral mais confiável, transparente e auditado do mundo", alega Maduro

Luís Batistela · 2 de Abril de 2024 às 11:15 ·

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o impedimento sofrido pela opositora de seu amigo.

O ditador venezuelano Nicolás Maduro, nesta segunda-feira (1º), afirmou em seu programa semanal televisivo que o país possui “o sistema eleitoral mais confiável, transparente e auditado do mundo”. A fala se deu em resposta à pressão internacional após a opositora Corina Yoris ter sua candidatura às eleições presidenciais barrada.

Maduro, na ocasião, ainda atacou os Estados Unidos por supostamente liderar uma campanha difamatória contra o regime venezuelano. "Começou o circo, começou a campanha, há nervosismo em Washington, há nervosismo nos sobrenomes da oligarquia, há nervosismo na direita regional, deixem de ser nervosos", destacou.

Também o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, administrado pela ditadura chavista, acusou Washington de “desacreditar as eleições presidenciais”. De acordo com Maduro, as ‘interferências’ estrangeiras não conseguirão definir “o que vai acontecer” no pleito, pois o cenário “está marcado entre o céu e a terra”.

O chavista tenta rebater a pressão internacional frente à exclusão eleitoral de Yoris. A opositora, na segunda-feira (25/03), alegou não ter conseguido se inscrever no pleito pelas siglas da Plataforma Unitária. O prazo, entretanto, se encerrou na meia-noite daquela data.

“Fizemos todas as tentativas para introduzir os dados dos partidos Mesa da Unidade Democrática e Um Novo Tempo e o sistema está completamente fechado para entrar digitalmente. Esgotamos todos os meios ao nosso alcance para resolver isso”, destacou Yoris.

Três dias após o ocorrido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto ao lado do líder francês Emmanuel Macron, criticou o impedimento sofrido pela opositora de seu amigo. “Agora é grave que a candidata não possa ter sido registrada. Não foi proibida pela Justiça, me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou o computador do local e não conseguiu entrar”, ponderou.

Lula prosseguiu dizendo que a ação “causou prejuízo a uma candidata, que por coincidência leva o mesmo nome da candidata que tinha sido proibida de ser candidata”. Seguindo a opinião do petista, Macron condenou firmemente por “terem tirado uma candidata muito boa desse processo” e espera “que seja possível ter um novo marco nos próximos dias e semanas. Não nos desesperemos, mas a situação é grave e piorou com a última decisão. Nós temos uma visão comum perfeita”.

 


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