GUERRA DECLARADA

10 deputados do PT divulgaram nota dizendo que o Hamas não é grupo terrorista

Rhuan C. Soletti · 10 de Outubro de 2023 às 11:38 ·

O grupo terrorista Hamas deixou, em apenas quatro dias, milhares de israelenses mortos e feridos – crianças, idosos e mulheresEles realizam atrocidades, carregam os corpos de suas vítimas estrangeiras e israelenses nuas e mutiladas

Dez deputados do PT emitiram uma nota em 2021, rejeitando veementemente a classificação do Hamas como uma organização terrorista, em resposta à declaração do governo britânico que rotulou o Movimento de Resistência Islâmico (Hamas) como tal. Israel enfrenta o maior ataque coordenado do grupo terrorista em sua história, que foi o primeiro a atacar. No sábado (7), eles lançaram muitos foguetes na região sul de Israel e atacaram por terra. Centenas de terroristas entraram em Israel e foram para as cidades perto da faixa de Gaza e executaram civis que encontravam. 

Em apenas quatro dias, as fatalidades até o momento são de mais de 1.300 mortos mais de 2.300 feridos. Do total de mortos, mais de 500 vítimas são palestinas, enquanto mais de 800 são cidadãos israelenses. Esses dados alarmantes foram tornados públicos neste domingo (8), por meio do perfil oficial do governo de Israel na plataforma X (Twitter) e pelo veículo de imprensa Times of Israel. A escalada de violência na região continua a causar profunda preocupação internacional.

Diversos estrangeiros já foram brutalmente assassinados, como o caso do festival de música eletrônica que foi atacado. Diversos turistas foram feitos de reféns. Vídeos circulam na internet, onde os palestinos realizam atrocidades, carregam os corpos de suas vítimas estrangeiras e Israelenses nuas e mutiladas.

A seguir, apresentamos o texto completo da declaração dos parlamentares:

“Resistência não é terrorismo!

Todo apoio ao povo palestino na luta por legítimos direitos. Os parlamentares, entidades e lideranças brasileiras que subscrevem este documento, expressam o seu profundo descontentamento à declaração da secretária do Interior da Inglaterra, Priti Patel, que atribuiu ao Movimento de Resistência Islâmico – Hamas, a designação de “organização terrorista”, alegando falsamente que o Movimento palestino seria “fundamentalmente e radicalmente antissemita”. Este posicionamento representa uma extensão da política colonial britânica, em desacordo com a posição da maioria do povo da Inglaterra, que se opõe à ocupação israelense e aos seus crimes. Seu objetivo é claro: atingir a legítima resistência palestina contra a ocupação e o apartheid israelense, numa clara posição tendenciosa em favor de Israel e tornando-se cúmplice das constantes agressões aos palestinos e aos seus direitos legítimos. O direito à resistência assegurados pelo Direito Internacional e Humanitário, pela Carta das Nações Unidas e por diversas Resoluções da ONU, entre elas as de nº 2.649/1970, 2.787/1971 e 3103/1974, reiterando o direito de todos os povos sob dominação colonial e opressão estrangeira de resistir ao ocupante usurpador e se defender. A resistência é um legítimo direito dos palestinos contra a ocupação e as reiteradas violações dos direitos humanos, bem como os crimes de guerra. Direito que os palestinos não abrem mão e para o qual, contam com o nosso apoio e solidariedade à sua causa de libertação e pelo seu Estado nacional palestino.

Brasil, 23 de novembro de 2021.”

Assinaturas:

  • Deputado Zeca Dirceu (PT-PR)
  • Deputado Paulo Pimenta (PT-RS)
  • Deputado Alexandre Padilha (PT-SP)
  • Deputada Érika Kokay (PT-DF)
  • Deputada Professora Rosa Neide (PT-MT)
  • Deputado Enio Verri (PT-PR)
  • Deputado Helder Salomão (PT-ES)
  • Deputado Nilto Tatto (PT-SP)
  • Deputado Padre João (PT-MG)
  • Deputado Paulão (PT-AL)

E continuam os esquerdistas

Ainda em relação aos companheiros ideológicos, o "teólogo" Leonardo Boff, conhecido por ser o idealizador da teologia da libertação e um aliado próximo do ex-presidente Lula, fez uma declaração polêmica ao equiparar Israel e o grupo Hamas em meio ao conflito em curso. Em suas palavras, Boff afirmou que não existem inocentes neste conflito e enfatizou que simplesmente desejar a paz não é o suficiente.

“O que o Hamas fez contra Israel é condenável e repudiamos. Mas nesta guerra não há inocentes. Israel reprimiu demais e diuturnamente palestinos”, disse o teólogo da libertação em seu perfil no X (Twitter).

Aliado do presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Leonardo Boff é um "teólogo", sendo o ideólogo por trás da influente teologia da libertação – um cavalo de tróia. Essa corrente teológica contaminou a Igreja Católica e ganhou significativa relevância durante a década de 1960.

Joseph Aloisius Ratzinger, o Papa Bento XVI, foi o responsável pela punição de "silêncio obsequioso" imposta a Boff em 1985, já no pontificado de João Paulo II. O silêncio disciplinar foi imposto justamente pela sua teologia destrutiva.

O Partido da Causa Operária (PCO), de extrema esquerda, comemorou os recentes ataques terroristas perpetrados pelo Hamas contra Israel. Nas redes sociais, o líder Rui Costa Pimenta e sua legenda declararam que o dia 7 de outubro (início do ataque) ficará marcado como um evento "histórico" devido ao maior ataque terrorista que Israel já enfrentou, apoiando o extermínio total dos israelenses.

“Ontem foi um dia histórico não só para o povo palestino, mas para todos que querem ver o mundo livre da opressão, da tirania e do terrorismo. O Hamas acendeu a chama da resistência contra o estado terrorista e fictício de Israel. Todo apoio ao Hamas! Fim de Israel!”, publicou o partido.

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros parlamentares, utilizaram suas redes sociais para compartilhar fotos de Guilherme Boulos na Cisjordânia, datadas de 2018. Nas imagens, Boulos aparece ao lado de outros membros do PSOL e posa próximo a uma pedra que exibe a inscrição "PSOL com a Palestina". Esse episódio gerou controvérsia e reações na esfera política, destacando a postura de Boulos em relação ao conflito no Oriente Médio.

Reprodução: redes sociais

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 442), que busca descriminalizar o assassinato intrauterino até a 12ª semana de gestação, foi proposta pelo mesmo PSOL, em março de 2017. Tem como objetivo declarar a inconstitucionalidade dos artigos do Código Penal que tratam o aborto como crime.

Jair Bolsonaro (PL), diante das notícias, emitiu um comunicado de repúdio aos ataques perpetrados pelo braço armado do Hamas contra Israel. No entanto, ele também aproveitou o episódio para lançar críticas direcionadas ao presidente empossado. Por meio de uma de suas redes sociais, Bolsonaro recordou que o Hamas parabenizou Lula por sua vitória nas eleições de outubro de 2022, lançando luz sobre essa conexão política em meio ao contexto internacional.

Na época, o grupo terrorista islâmico afirmou que a eleição de Lula “é uma vitória para todos os povos oprimidos ao redor do mundo, particularmente o povo palestino, pois ele é conhecido por seu forte e contínuo apoio aos palestinos em todos os fóruns internacionais”.

Nesta manhã, o Ministério das Relações Exteriores escreveu uma nota em que alega repudiar os atentados contra o povo israelense. Chamou atenção, contudo, o fato de a diplomacia brasileira ignorar o Hamas.

Entenda

Hamas (حماس) é uma sigla que significa "Harakat al-Muqawama al-Islamiyya" (حركة المقاومة الاسلامية), que se traduz para "Movimento de Resistência Islâmica" em inglês. É uma organização política e militar palestina fundada em 1987 durante a Primeira Intifada, um levante palestino contra o domínio israelense nos territórios ocupados.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o país está em guerra após o ataque sangrento surpresa do Hamas contra o país. “Cidadãos de Israel, estamos em guerra – não numa operação, não em rondas – em guerra. (...) O inimigo pagará um preço sem precedentes”, disse o político em vídeo publicado nas suas redes sociais. 

Neste domingo (8), o gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente o estado de guerra, de acordo com a assessoria de imprensa do governo.

"O ataque do Hamas foi incessante e, até o momento, foram milhares de mísseis disparados contra os civis israelenses e que continuam a cair enquanto escrevo. Ao mesmo tempo que as famílias tentavam se proteger dos mísseis, terroristas invadiram por terra, pegaram veículos já preparados, dominaram uma pequena base do exército em Reim e prosseguiram pelas cidades, executando civis que tentavam fugir ou se defender.

[...]

"Se Israel reagir de modo fraco, isto é, se Israel não eliminar o Hamas, o Hamas fortalecerá de modo muito significativo seu discurso e cantará vitória. Provavelmente, Ben Gvir irá derrubar a atual coalizão. Se Israel derrubar o Hamas, certamente parte de seus líderes e membros usará do dinheiro iraniano para se esconder e se juntar a Jihad Islâmica que possui ideologia similar e igualmente patrocínio do Irã", disse Ricardo Gancz, correspondente do BSM em Israel, em matéria publicada no sábado (7).

Outras posturas no governo

Foto: Reprodução

A bandeira de Israel foi projetada na cúpula do Senado, no prédio do Congresso Nacional, em Brasília (DF), num "ato de solidariedade", no domingo (8). A homenagem foi realizada após os ataques do grupo terrorista Hamas ao país, que já deixou mais de 1200 israelenses mortos. No mesmo dia, o gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente o estado de guerra, de acordo com a assessoria de imprensa do governo.

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), revelou que a inspiração por trás da iluminação especial que iluminou o edifício do Senado partiu de um pedido pessoal direcionado ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, do PSD-MG. Alcolumbre, que professa a religião judaica, destacou que essa projeção tem um significado profundo, sendo um "sinal de solidariedade em resposta ao ataque terrorista", e ao mesmo tempo, uma sincera homenagem a "todas as vítimas, feridos e desaparecidos" que sofreram as consequências dessa tragédia.

Repatriação

Em um anúncio realizado no domingo (8), o governo Lula (PT) revelou a implementação de um plano de repatriação destinado aos brasileiros que se encontram atualmente em Israel e na Palestina, após os ataques brutais do grupo terrorista Hamas contra os israelenses, levando o governo israelense à declarar guerra contra o grupo. A coordenação dessa missão será realizada em colaboração com as embaixadas brasileiras na região, que serão responsáveis por compilar a lista dos cidadãos desejosos de retornar ao Brasil.

O primeiro avião, um KC-30, com capacidade para transportar até 230 passageiros, partiu de Natal (RN) com destino a Roma, Itália, onde aguardará as instruções para seguir rumo a Israel. Atualmente, uma lista de passageiros está em processo de elaboração para garantir o retorno seguro dos brasileiros.

Seis aeronaves, com capacidade total para transportar 696 passageiros, estão atualmente em fase de preparação para esse esforço de repatriação. Segundo as autoridades brasileiras, aproximadamente 14 mil brasileiros residem em Israel, enquanto outros 6 mil vivem na Palestina.

E também, um adicional de 700 brasileiros expressaram interesse na repatriação, somando-se aos que já haviam indicado previamente seu desejo de retorno ao Brasil. Antes disso, o Ministério das Relações Exteriores, conhecido como Itamaraty, havia registrado cerca de mil brasileiros e seus dependentes por meio de um formulário online disponibilizado pela embaixada brasileira em Tel Aviv, que tinha como objetivo solicitar a repatriação. Notavelmente, a maioria dos solicitantes são turistas que estavam hospedados em Tel Aviv ou Jerusalém, incluindo grupos de evangélicos que estavam visitando o país.

Além disso, Israel concedeu autorização para sobrevoo e aterrissagem de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para o resgate de brasileiros. Atualmente, um avião se encontra em solo italiano, mais precisamente em Roma, com uma segunda decolagem programada para esta segunda-feira (9). O Ministério das Relações Exteriores (MRE) reporta um aumento significativo, chegando a 1,7 mil brasileiros manifestando interesse em repatriação.

O Ministério das Relações Exteriores anunciou, na terça-feira (10), que está aguardando a autorização do Egito para a repatriação de 26 cidadãos brasileiros que atualmente se encontram na Faixa de Gaza. A proposta é que esse grupo seja conduzido através do posto de Rafah, situado na fronteira sul da Faixa de Gaza – o único ponto de saída pelo Egito, que não conduz à vizinha Israel. A partir desse ponto, os brasileiros teriam a possibilidade de se deslocar até o Cairo, onde poderiam embarcar em voos diretos de volta ao Brasil.

Entenda maiores problemas pelo fundador do BSM, Olavo de Carvalho:

 


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