Partido Solidariedade expulsa advogado de condenado pelo 8 de janeiro
O partido ao qual o Hery Kattwainkel era filiado o expulsou e publicou uma nota em suas redes sociais, justificando a decisão com base nas "graves ofensas" que o advogado proferiu aos ministros da Corte
Hery Kattwinkel, advogado de defesa de Thiago Mathar – segundo condenado à prisão pelo STF no julgamento dos réus do 8 de janeiro – foi expulso do partido Solidariedade após sua sustentação oral no plenário da Corte.
Em sua fala, Kattwainkel confundiu o livro “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel (1469-1527), com o livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944) e criticou veemente a atuação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após a sustentação, a defesa foi ironizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que a classificou como "patética" e "medíocre".
“É patético e medíocre que um advogado suba na tribuna do Supremo Tribunal Federal com um discurso de ódio, um discurso para postar depois nas redes sociais. Talvez pretendendo ser vereador do seu município no ano que vem”, afirmou o ministro.
Moraes também debochou da confusão cometida por Kattwainkel.
“É muito triste, e só não seria mais triste ou é mais triste, porque ainda confundiu ‘O Príncipe’ de Maquiavel com ‘O Pequeno Príncipe’ de Antoine de Saint-Exupéry que são obras que não tem absolutamente nada a ver. Mas, obviamente, que quem não leu nenhuma [obra] nem outra vai no Google e às vezes dá algum problema”, afirmou em seu voto.
O ministro, visivelmente irado com as críticas que recebeu, também atacou a atuação profissional do advogado de defesa.
“Eu digo com tristeza, porque o réu aguarda que seu advogado venha defender tecnicamente, venha analisar tipo por tipo. O advogado ignorou a defesa, não analisou absolutamente nada. O advogado preparou um discursinho para postar em redes sociais. Isso é muito triste”, ironizou.
Diante do ocorrido, o Solidariedade, partido ao qual o Hery Kattwainkel era filiado, o expulsou e publicou uma nota nas redes sociais, justificando a decisão com base nas "graves ofensas" que o advogado proferiu aos ministros da Corte. Veja:
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