Moraes libera ex-diretor da PRF para realizar exame da OAB
A informação da liberação de Silvinei era tida como sigilosa, porém foi vazada à imprensa, conforme destacou o seu advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, liberou o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, para realizar a primeira fase da prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que ocorreu no domingo (19), em Brasília.
O ex-diretor da PRF está preso desde agosto deste ano após uma investigação que aponta que ele dificultou o acesso de eleitores às urnas durante as eleições presidenciais de outubro do ano passado.
A informação da liberação de Silvinei era tida como sigilosa, porém foi vazada à imprensa, conforme destacou o seu advogado Eduardo Pedro Nostrani Simão ainda no domingo.
“Agora que a informação foi vazada – não se sabe por quem – registramos o desejo que ele tenha uma boa prova. Obviamente, as chances de aprovação são mínimas diante da dificuldade de estudo”, disse ao portal Metrópoles.
Silvinei Vasques
Vasques foi preso “preventivamente” em agosto em decorrência de supostos crimes eleitorais. Moraes alegou que o ex-diretor tentou impedir petistas de votarem durante o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, ao criar ações de fiscalização de compra de votos e blitzes, o que representava um possível perigo ao processo eleitoral que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A esquerda, como é de sua natureza, elencou o ex-policial como símbolo da PRF, associando ele, e consequentemente a instituição, à imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Deste modo, Vasques foi classificado como o “inimigo do PT”, como se todo seu trabalho fosse para atrapalhar o partido – empurrando a PRF no mesmo barco.
No entanto, a história de Silvinei Vasques vem muito antes disso, e, antes mesmo das eleições, ele era um perigo para o narcotráfico.
O Custo Estimado de apreensões, segundo o Observatório de Dados da PRF, em 2020, era de R$ 7.76 bilhões, e, no ano de entrada de Vasques (2021), aumentou cerca de 157.99% (R$ 20.02 bilhões) a mais no custo de apreensões:
- 2020: R$ 7.76 bi
- 2021: R$ 20,02 bi
- 2022: R$ 17,96 bi
Em 2020, foram apreendidos R$ 5.463.148,00 em cocaína. Esse valor subiu para R$ 7.244.561,00 em 2021 e alcançou R$ 10.477.224,00 em 2022 – um aumento certamente influenciado pela política de segurança pública do governo de Bolsonaro.
Veja nossa matéria completa no BSM: Ex-diretor da PRF preso combatia narcotráfico.
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