DITADURA DO JUDICIÁRIO

Ministro dos Direitos Humanos ainda não se manifestou sobre morte de preso político de Moraes

Rhuan C. Soletti · 21 de Novembro de 2023 às 17:15 ·

Na tentativa de contato com o Ministério, a equipe BSM questionou se haveria manifestação. Contudo, ainda não obtivemos resposta

Silvio Almeida, o ministro dos Direitos Humanos permanece em silêncio diante da morte do primeiro preso político do 8 de janeiro. Cleriston Pereira da Cunha, 46 anos, empresário conhecido como "Clezão", residente em Brasília há mais de duas décadas, tornou-se, na última segunda-feira (20), a primeira vítima fatal da ditadura democrática estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Casado e pai de duas filhas, natural de Feira da Mata (BA), ele veio a óbito após sofrer uma convulsão seguida de parada cardiorrespiratória, ocorrida após o banho de sol no Presídio da Papuda.

Silvio Almeida não se pronunciou sobre o trágico episódio, que envolve justamente o descaso contra os "direitos humanos e de cidadania". A ausência de manifestação por parte das autoridades competentes levanta questionamentos sobre o silêncio em torno da morte de Clezão. 

O povo, naturalmente, aguarda respostas e esclarecimentos, buscando compreender o desdobramento deste lamentável acontecimento. Algumas das últimas publicações do MDHC são a respeito do Dia da Consciência Negra, pelo qual se movimentaram e fizeram diversas publicações. O pai de família Cleriston não era branco e faleceu nesta data festiva. Por que ele é uma exceção? Por que ele não desperta a mesma atenção no órgão? Talvez o motivo seja o autor do crime.

O apreço deles pelos "abutres" é notável: o ministro Silvio Almeida enquadrou as movimentações da oposição, frente à visita da "dama do tráfico" Luciene Barbosa Farias ao Ministério da Justiça, como uma “tentativa generalizada, por parte dos extremistas de direita” de instaurar o “caos” e a “destruição” no país.

Através de suas rede sociais, na quarta-feira (15), ele prontamente se manifestou, destacando que a “dama do tráfico amazonense” não teve contato com qualquer funcionário do gabinete do ministro da Justiça, Flávio Dino, e sim participou de um evento organizado pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Percebem o padrão?

A esperança é que o órgão e seu líder se manifestem sobre a situação. Contudo, após a tentativa de contato com o Ministério, que só respondeu por mensagem via WhatsApp por volta do meio-dia, a equipe BSM questionou: "Por acaso existe uma data prevista para a manifestação do Ministério dos Direitos Humanos ou do próprio ministro? Existe algum modo em que eu possa contatá-lo? Haverá manifestação?", questionamos. Até o momento, não obtivemos resposta.


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