POLÍTICA

Lula descarta indicar Anielle Franco como vice de Paes à reeleição no RJ em 2024

Luís Batistela · 3 de Abril de 2024 às 09:15 ·

Ainda nesta terça-feira, horas antes de discursar no evento de filiação de Anielle, o petista havia participado de duas solenidades na capital fluminense.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (02) que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, não concorrerá às eleições do Rio de Janeiro em 2024. Lula, ao lado da primeira-dama Janja da Silva, discursou no evento de filiação de Anielle ao PT, no centro de eventos Circo Voador, no tradicional bairro da Lapa. A ministra era cotada como vice do atual prefeito Eduardo Paes na chapa à reeleição, apoiada pelo presidente.

“A Anielle é uma jovem e ela pode construir uma perspectiva política muito importante no estado do Rio de Janeiro. Eu tenho certeza, vou dizer por ela, sem falar com ela, que ela não tem nenhuma pretensão de disputar nenhuma carga agora em 2024. Ela quer ser ministrada até o último momento”, afirmou Lula.

O petista alegou que não costuma frequentar eventos similares, mas abriu uma exceção por se tratar da filiação da irmã de Marielle Franco, assassinada em 2018. Apesar de desencorajá-la de participar das eleições pelo RJ neste ano, Lula afirmou que Anielle deverá se preparar para eleições futuras, destacando a importância de participar das reuniões estratégicas do partido.

“É melhor ela começar a se preparar antes de ter interesse em ser candidata a algo (...). É importante que frequentasse algumas reuniões do PT, de alguns debates do PT. Porque você vai descobrir no PT uma coisa, sem nenhum demérito aos outros partidos deste país: não existe no mundo nenhum partido semelhante ao PT”, disse.

Ainda nesta terça-feira, horas antes de discursar no evento de filiação de Anielle, o petista havia participado de duas solenidades na capital fluminense. Lula, pela manhã, inaugurou o primeiro curso de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), onde afirmou que nunca conheceu “nenhum momento de negacionismo” de investimento em educação como o que o país vive hoje em dia.

Já numa cerimônia em Niterói, o petista criticou a venda de ativos da Petrobrás pelo governo Bolsonaro, argumentando ter assumido o país “desmontado”. “Estamos tentando recuperar a Petrobras, porque eles [na gestão Bolsonaro] não tiveram coragem de privatizar a Petrobras porque teriam que passar pelo Congresso. Então, começaram a vender ativos, como venderam o gasoduto, a BR, a empresa de gás que a gente tinha, porque o objetivo era desmontar o sistema produtivo da Petrobras. Paralisaram o Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro] por muitos anos”.

 


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