Lula defende Cuba em discurso da ONU

Os líderes revolucionários, Lula e Díaz-Canel, mantiveram a tradição socialista em realizar encontros e reuniões financiadas com o dinheiro público em hoteis luxuosos; como no caso do "5 estrelas" Intercontinental Le Grande
O presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu novamente o governo comunista cubano de Miguel Díaz-Canel, alegando que todas as críticas feitas contra o regime ditatorial do país são falsas, na tribuna da 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (19). "O Brasil seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo", disse.
Levantando os temas da fome e do ambientalismo, apontou novamente suas intenções para a agenda 2030 da ONU. Este discurso marcou sua oitava participação na abertura da Assembleia Geral da ONU. A reunião de líderes mundiais está sendo realizada na cidade de Nova York, nos EUA.
Os líderes revolucionários, Lula e Díaz-Canel, mantiveram a tradição socialista em realizar encontros e reuniões financiadas com o dinheiro público em hoteis luxuosos; como no caso do "5 estrelas" Intercontinental Le Grande.
Miguel Díaz-Canel Bermúdez foi reeleito presidente de Cuba em abril deste ano para aquele que será seu segundo e último mandato. Desde 2021 ele é primeiro-secretário do Partido Comunista.
O tema central desta edição da Assembleia Geral da ONU é: “Paz, Prosperidade, Progresso e Sustentabilidade: reconstruindo a confiança e reacendendo a solidariedade global, acelerando a ação na Agenda 2030 e seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) rumo à paz, prosperidade, progresso e sustentabilidade para todas as pessoas”.
Com um tempo de fala que se estendeu por 21 minutos e 9 segundos, Lula alegou repetidamente a falsa importância da contribuição do Brasil nessas pautas globalistas. Durante seu pronunciamento, Lula destacou algumas desigualdades presentes nas representações do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
Como sempre, o líder esquerdista esbanjou suas clássicas falas, relacionando-se com a democracia e enfatizando que por ela foi eleito. Contudo, não se conteve apenas em proclamar sua pureza, mas também carimbou sua marca: tachar o governo anterior de raivoso, desinformador e opressor. "A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão", disse.
Confira o discurso completo aqui:
Agenda 2030
A Agenda 2030 da ONU é um plano global que supostamente visa atingir, até 2030, um "mundo melhor" para todos os povos e nações. A Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, em setembro de 2015, com a participação de 193 estados membros, estabeleceu 17 objetivos de desenvolvimento sustentável.
O compromisso assumido pelos países com a agenda envolve a adoção de medidas ousadas, abrangentes e essenciais, segundo o próprio STF, para promover o "Estado de Direito, os direitos humanos e a responsividade das instituições políticas". Entenda aqui os 17 objetivos da ONU até 2030:
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