Imagens internas do Ministério da Justiça no 8 de janeiro foram apagadas
Por que o sistema de auto-exclusão dos arquivos nunca foi citado nos meses de investigação?
Imagens capturadas pelas câmeras internas de segurança do Ministério da Justiça e Segurança Pública, datadas de 8 de janeiro — o dia da depredação nas sedes dos Três Poderes —, foram eliminadas e não estão mais disponíveis. Todas cenas gravadas no circuito interno do MJSP são, supostamente, automaticamente apagadas após 15 dias.
As informações foram divulgadas inicialmente pela CNN.
Curioso que o sistema de segurança do Palácio do Planalto não funciona da mesma forma, já que as gravações que mostram o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, auxiliando os invasores, foram vazadas no dia 19 de abril deste ano, 86 dias após a suposta exclusão automática das imagens do Ministério da Justiça.
A dúvida que paira em torno dos internautas e opositores do governo é a seguinte: por que o sistema de auto-exclusão dos arquivos nunca foi citada em todos os três meses de investigação, além de não ter excluído várias gravações que compuseram as "incriminações" ao GSI?
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Passados sete meses desde a série de ataques, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro tinha formalmente requisitado acesso às imagens internas do ministério. O ministro Flávio Dino alegou que somente as entregaria mediante autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o ministro Alexandre de Moraes tenha emitido essa autorização, Dino providenciou imagens somente de duas câmeras, situadas fora do perímetro do ministério.
Se as imagens de duas câmeras do circuito interno do ministério do dia dos ataques ainda estão disponíveis, por que essas também não foram eliminadas após os 15 dias estabelecidos?
Essa ação gerou insatisfação por parte do comando da comissão, que demandou o acesso a todas as imagens. No entanto, de acordo com as informações da CNN, tais registros já não existem.
Diante dessa situação, o deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da comissão, afirmou: “Decidimos dar um prazo de 48 horas para que o ministro Flávio Dino entregue as imagens das câmeras do Ministério da Justiça do dia 8/01. Caso o ministro insista em sua negativa, vamos pedir ao STF que determine o compartilhamento imediato".
Em resposta às críticas, Flávio Dino se pronunciou em seu perfil do Twitter (X), enumerando uma série de afirmações:
"1. Tentaram fraudar a eleição de 2022 para ficar no poder. Ainda assim, perderam. 2. Tentaram dar um golpe de estado entre outubro de 2022 e janeiro de 2023. Perderam novamente. 3. Tentaram explodir o aeroporto de Brasília e matar centenas de pessoas. Não conseguiram. Essas são verdades comprovadas. Não adianta ficar inventando ‘fatos’ para encobrir tais verdades. E vamos seguir governando e cuidando da população. Muito trabalho para reconstruir o Brasil", publicou.
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