CPI do MST vai indiciar deputado do PT e mais três
A CPI do MST foi instalada em 17 de maio na Câmara dos Deputados, após invasões de terras nos estados de Goiás e Bahia em março
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento Sem Terra (MST) deve solicitar o indiciamento de cinco pessoas. O relatório será apresentado pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP) na segunda-feira (4).
De acordo com Salles, os indivíduos indiciados incluem o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) e seus assessores Oronildo Loures Costa e Lucinéia Durães do Rosario, o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade, José Rainha, e o diretor-superintendente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas, Jaime Messias Silva.
A CPI do MST foi instalada em 17 de maio na Câmara dos Deputados, após invasões de terras nos estados de Goiás e Bahia em março.
Os líderes e amigos de Lula (PT), José Rainha e João Pedro Stédile, estiveram sob investigação, porém apenas o nome de Rainha consta no relatório para o indiciamento.
Redução no número de invasões com a CPI
Comparando com o governo de Jair Bolsonaro (PL), as invasões aumentaram para 62 entre janeiro e junho deste ano.
No entanto, após a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara para investigar a fonte de financiamento das invasões, o número despencou. Apenas uma propriedade foi invadida desde o início dos trabalhos da comissão, que foi proposta por parlamentares da oposição. A comissão foi instalada em 17 de maio de 2023.
Após a CPI, a única invasão ocorreu em 10 de junho, numa fazenda produtiva em Santa Cruz do Rio Pardo (SP), a 350 quilômetros da capital paulista.
Assim que o atual presidente empossado, Luis Inácio Lula da Silva, assumiu o governo, o número de invasões de propriedades — fazendas produtivas, áreas de pesquisa e prédios públicos — disparou.
Na série histórica da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA), o terceiro mandato do petista já apresenta o maior índice de ocorrências desde 2016 e acumulou em apenas seis meses quase a totalidade das invasões ocorridas nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro (62).
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