GUERRA: Em apenas três dias, mais de 1200 mortos
Israel enfrenta o maior ataque coordenado do grupo terrorista em sua história. Neste domingo (8), o gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente o estado de guerra, de acordo com a assessoria de imprensa do governo
O conflito armado entre Israel e o grupo terrorista Hamas tem até o momento mais de 1.200 mortos mais de 2.300 feridos. Do total de mortos, mais de 400 vítimas são palestinas, enquanto mais de 700 são cidadãos israelenses. Esses dados alarmantes foram tornados públicos neste domingo (8), por meio do perfil oficial do governo de Israel na plataforma X (Twitter) e pelo veículo de imprensa Times of Israel. A escalada de violência na região continua a causar profunda preocupação internacional.
Terroristas palestinos dispararam pelo menos 2.200 foguetes em direção a Israel e cerca de 1.000 combatentes do Hamas participaram do ataque surpresa, cruzando o país por terra, mar e ar e fazendo pelo menos 100 civis e soldados israelenses reféns, de acordo com autoridades israelenses. O Hamas afirmou que pelo menos 5.000 foguetes foram disparados, todos pousando no sul e centro de Israel.
Além disso, vale lembrar que diversos estrangeiros já foram brutalmente assassinados, como o caso do festival de música eletrônica que foi atacado. Diversos turistas foram feitos de reféns. Vídeos circulam na internet, onde os palestinos carregam os corpos de suas vítimas estrangeiras e Israelenses nuas e mutiladas.
Entenda
Hamas (حماس) é uma sigla que significa "Harakat al-Muqawama al-Islamiyya" (حركة المقاومة الاسلامية), que se traduz para "Movimento de Resistência Islâmica" em inglês. É uma organização política e militar palestina fundada em 1987 durante a Primeira Intifada, um levante palestino contra o domínio israelense nos territórios ocupados.
Israel enfrenta o maior ataque coordenado do grupo terrorista em sua história. No início da manhã deste sábado (7), o Hamas ao mesmo tempo lançou muitos foguetes na região sul de Israel e fez um ataque coordenado por terra. Centenas de terroristas entraram em Israel e foram para as cidades perto da faixa de Gaza e executaram civis que encontravam.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o país está em guerra após o ataque sangrento surpresa do Hamas contra o país. “Cidadãos de Israel, estamos em guerra – não numa operação, não em rondas – em guerra. (...) O inimigo pagará um preço sem precedentes”, disse o político em vídeo publicado nas suas redes sociais.
Neste domingo (8), o gabinete de segurança de Israel declarou oficialmente o estado de guerra, de acordo com a assessoria de imprensa do governo.
"O ataque do Hamas foi incessante e, até o momento, foram milhares de mísseis disparados contra os civis israelenses e que continuam a cair enquanto escrevo. Ao mesmo tempo que as famílias tentavam se proteger dos mísseis, terroristas invadiram por terra, pegaram veículos já preparados, dominaram uma pequena base do exército em Reim e prosseguiram pelas cidades, executando civis que tentavam fugir ou se defender.
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"Se Israel reagir de modo fraco, isto é, se Israel não eliminar o Hamas, o Hamas fortalecerá de modo muito significativo seu discurso e cantará vitória. Provavelmente, Ben Gvir irá derrubar a atual coalizão. Se Israel derrubar o Hamas, certamente parte de seus líderes e membros usará do dinheiro iraniano para se esconder e se juntar a Jihad Islâmica que possui ideologia similar e igualmente patrocínio do Irã", disse Ricardo Gancz, correspondente do BSM em Israel, em matéria publicada no sábado (7).
Repatriação de brasileiros
Em um anúncio realizado no domingo (8), o governo Lula (PT) revelou a implementação de um plano de repatriação destinado aos brasileiros que se encontram atualmente em Israel e na Palestina, após os ataques brutais do grupo terrorista Hamas contra os israelenses, levando o governo israelense à declarar guerra contra o grupo. A coordenação dessa missão será realizada em colaboração com as embaixadas brasileiras na região, que serão responsáveis por compilar a lista dos cidadãos desejosos de retornar ao Brasil.
A divulgação dessa medida foi conduzida pelo ministro da defesa, José Múcio, e pelo comandante da aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, após uma reunião realizada nas dependências do Ministério das Relações Exteriores.
Para facilitar o processo de repatriação, a embaixada brasileira em Tel Aviv tomou a iniciativa de disponibilizar um formulário em seu site oficial para que os brasileiros interessados em retornar por meio dos voos da Força Aérea Brasileira (FAB) possam registrar suas informações e manifestar seu desejo de participar dessa operação.
Entenda aqui as razões do conflito:
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