REGIME PT-STF

Emílio Surita presta depoimento à CGU sobre entrevista com ex-diretor da PRF

Redação BSM · 29 de Maio de 2024 às 16:43 ·

Corregedoria investiga se participação de Silvinei Vasques no Pânico favoreceu a campanha de Jair Bolsonaro em 2022

O apresentador do programa "Pânico" da Jovem Pan, Emílio Surita, prestou depoimento nesta segunda-feira (27) à Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a entrevista com Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), exibida em 29 de agosto de 2022. A CGU investiga se a entrevista teve conotação política com a intenção de favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

Em seu depoimento, Surita negou que a entrevista tivesse qualquer viés político, afirmando que o objetivo era apenas divulgar os trabalhos da PRF. O apresentador reforçou que a presença de Vasques no programa se destinava a informar o público sobre as atividades da corporação.

Além de Emílio Surita, dois policiais rodoviários federais que trabalharam com Silvinei Vasques também foram ouvidos pela CGU. Vasques está preso desde agosto de 2023 e é investigado por organizar blitzes da PRF em estados do Nordeste durante as eleições gerais, além de publicar mensagens de apoio à candidatura de Bolsonaro em suas redes sociais.

A entrevista com Vasques, realizada às vésperas das eleições de 2022, levantou suspeitas devido ao contexto político delicado e às ações da PRF durante sua gestão. A CGU busca esclarecer se as declarações de Vasques no programa Pânico foram planejadas para influenciar a opinião pública em favor de Bolsonaro.

Durante o depoimento, Surita destacou que a entrevista seguiu os padrões normais do programa, que frequentemente recebe figuras públicas para discutir temas variados. Ele argumentou que não havia intenção de promover qualquer candidato ou partido político.

Os policiais rodoviários federais ouvidos confirmaram a versão de Surita, afirmando que a entrevista tinha caráter informativo sobre as operações da PRF. No entanto, a CGU continua a investigar a extensão do envolvimento de Vasques em atividades que possam ter beneficiado a campanha de Bolsonaro.

 


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