Brasil tem gasto bilionário para acolher refugiados da ditadura venezuelana
O governo federal já destinou mais de R$ 1,5 bilhão para socorrer os venezuelanos que fogem do regime comandado pelo ditador e amigo de Lula, Nicolás Maduro
Desde 2013, mais de 7 milhões de venezuelanos já deixaram o país, segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), graças a ditadura comunista sanguinária de Nicólas Maduro, amigo de Lula. O governo federal já destinou mais de R$ 1,5 bilhão para a Operação Acolhida, que visa acolher refugiados venezuelano.
A Operação Acolhida foi lançada em 2018 e tem como objetivo principal receber, abrigar, assistir e interiorizar os venezuelanos que chegam ao Brasil. A estratégia do Exército para condução da crise migratória no Brasil tem um custo aproximado de R$ 14 milhões por mês, o que equivale a quase R$ 500 mil por dia.
A operação é liderada pelo Ministério da Defesa, em parceria com diversos órgãos governamentais, agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e organizações da sociedade civil. Ela é realizada principalmente na cidade de Boa Vista, capital do estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela.
O Processo de interiorização da Operação Acolhida é uma estratégia para diminuir a pressão sobre os serviços públicos do estado de Roraima, promovendo a realocação de venezuelanos em Roraima para outros estados brasileiros. Desde 2018, mais de 100 mil pessoas foram interiorizadas.
2018 - 2020
A estratégia de interiorização teve início em abril de 2018 e até o fim de julho daquele ano foram interiorizadas mais de 39,8 mil pessoas em mais de 599 cidades brasileiras. Em 2020 foram interiorizados mais de 12,6 mil venezuelanos, o que representa um investimento do Governo Federal de R$ 630,9 milhões.
2021
"Por meio do Ministério da Defesa, já solicitamos mais R$ 150 milhões para que, além dos R$ 90 milhões previstos na LOA [Lei Orçamentária Anual 2021] tenha esse acréscimo", afirmou o coordenador da Operação Acolhida em Roraima, general Antônio Manoel de Barros, em 2021.. Desse modo, ao menos R$ 240 milhões foram solicitados para o acolhimento naquele ano.
2022
Em 2022, o valor foi de R$ 294,15 milhões.
2023
A Operação Acolhida tem orçamento previsto de R$ 252 milhões para 2023, segundo previsão do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).
Dados do Observatório das Migrações Internacionais (Obmigra), com informações da Polícia Federal e do Sistema de Tráfego Internacional (STI), apontam que entre 2017 e o mês de outubro de 2022 foram registrados 808.162 entradas de venezuelanos no Brasil e 410.940 saídas, resultando em um saldo de 397.222 migrantes.
A principal porta de acesso dos venezuelanos no Brasil é pela fronteira terrestre em Pacaraima (RR). Depois disso, o fluxo migratório dentro do país se direciona para Manaus (AM), em busca de residência, e para São Paulo (SP) e Foz do Iguaçu (PR), cidades que servem como pontes para buscar moradia em outros países.
Desde o início dos trabalhos da Operação Acolhida, foram emitidos 329.938 autorizações de residência temporária ou por tempo indeterminado, acolhidas 51.599 pessoas como refugiados – maior número entre qualquer nação do mundo – e 450.815 CPF's emitidos para os migrantes venezuelanos. O perfil dessas movimentações aponta que 52% dessas pessoas são homens e 37% têm idade entre 30 e 59 anos.
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