A farsa do Dia Internacional da Mulher
A verdadeira origem da data está na ditadura comunista de Lênin, que tinha por objetivo inserir as mulheres em um regime de trabalho semiescravo
O Dia Internacional da Mulher é uma data mentirosa, inventada por Vladimir Lênin e por sua fiel escudeira Alexandra Kollontai. O objetivo inicial era inserir as mulheres no regime de trabalho semiescravo imposto pelos comunistas após a revolução de 1917. Todas as histórias sobre “incêndio em fábrica americana que matou 300 mulheres grevistas” são mentirosas e caíram por terra com o advento da internet.
Hoje em dia, os verdadeiros objetivos do “Dia da Mulher” são causar divisão entre os sexos, atacar a família e criar narrativas falsas sobre violência de gênero. Além de dar algum dim-dim para pseudoartistas que exploram o tema.
Você que é mulher, trabalhadora, mãe de família e estudiosa — não se deixe enganar por essa farsa.
Parabéns pelo que você é — não pelo que outros querem que você seja.
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Houve um incêndio com 123 vítimas mulheres e 23 homens em 25 de março de 1911, numa fábrica têxtil em Nova York. Uma tragédia terrível. A partir dessa data, as condições de segurança tiveram uma grande melhora nos Estados Unidos. No entanto, espalhou-se durante muito tempo o mito de que em 1857 os malvados patrões capitalistas haviam ateado fogo numa fábrica cheia de mulheres GREVISTAS. Essa história só funcionou enquanto não existia internet para checagem das informações. O fato é que o 8 de março se tornou uma data internacional a partir do regime soviético. Ou não seria 8 de março, não é mesmo?
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Ah, e se você acha que estou mentindo por ser um monstro conservador, não precisa acreditar em mim — acredite no PSOL.
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Em outubro de 1917, logo após a tomada de poder pelos comunistas na Rússia, Lênin convocou a primeira reunião do novo governo. Stálin e Trotsky foram os primeiros a chegar. Tudo era improvisado: os militantes clandestinos mal podiam acreditar que estavam no comando do país. Os dois revolucionários — tão íntimos de Lênin que seriam os únicos autorizados a entrar em seu gabinete sem marcar hora —, cumprimentaram-se em silêncio e ficaram ali, esperando que os outros camaradas chegassem para o início da reunião. De repente, ouviram alguns gemidos e sussurros por trás de uma divisória de madeira que havia no canto da sala.
Imediatamente eles reconheceram a voz de Alexandra Kollontai, 46 anos, militante comunista de origem aristocrática, uma das mais fiéis seguidoras de Lênin, conhecida por suas aventuras amorosas. Junto a ela, “numa conversa de natureza um tanto carinhosa” (palavras de Trotsky), estava o marinheiro Pavel Dybenko, de voz grossa, barba preta e tamanho gigantesco. Ele se tornaria o seu segundo marido.
Diante da cena, Stálin sorriu e cutucou Trotsky:
— É ele com a Kollontai, com a Kollontai!
Trotsky, cuja mulher tinha relações cordiais com Alexandra, fechou a cara. Não queria conversa fiada naquele momento histórico.
— Isso é problema deles!
A partir daquele dia, Stálin e Trotsky nunca mais tiveram conversas de natureza pessoal.
Josef Stálin assumiria o poder na União Soviética após a morte de Lênin, em 1924, e seria o responsável por mais de 20 milhões de mortes.
Lev Trotsky, um dos comandantes do terror vermelho nos primeiros anos do regime comunista, seria expulso da Rússia e executado a mando de Stálin no México, em 1940.
Pavel Dybenko — cujo casamento com Alexandra durou pouco — foi fuzilado a mando de Stálin, em 1938.
Alexandra Kollontai foi a criadora do Dia Internacional da Mulher (comemorado hoje), a partir de uma passeata que liderou em Moscou, em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo antigo calendário russo). Ela sobreviveu ao terror stalinista e se calou diante dos crimes do velho camarada. Em 1935, como embaixadora soviética em Oslo, atuou para que a Suécia negasse um visto de permanência a Trostky e Natália Sedova, seus ex-amigos. Morreu de causas naturais, aos 80 anos, um ano antes de Stálin.
Mas a mulher russa que eu mais admiro é bem diferente dela. Chama-se Anna Akhmátova. Teve dois maridos executados e um filho preso durante o regime comunista. E escreveu estes versos que não me canso de lembrar:
Lento flui o Don silencioso amarela a lua entra em casa,
entra com seu boné enviesado, a lua amarela, e depara com uma sombra.
Esta mulher está doente, esta mulher está sozinha.
O marido morto, o filho preso. Digam por mim uma oração.
— Paulo Briguet é cronista, editor-chefe do BSM, marido da Rosângela, filho da Aracy, neto da Maria e irmão da Fernanda.
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