POLÍTICA

Tebet propõe que alteração no comando do BC ocorra um ano após novo governo

Luís Batistela · 3 de Julho de 2024 às 08:50 ·

As declarações de Tebet ocorreram um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificar suas críticas ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, propôs nesta terça-feira (02) que a alteração na presidência do Banco Central (BC) do Brasil ocorra um ano após a posse de um novo presidente da República. Defendendo a autonomia da autoridade monetária, aprovada em 2021, Tebet argumentou que um ano "é mais do que suficiente" para "se adequar e passar o bastão", visto que a mudança evitaria "estresse" e "ruídos" na política econômica do país. Atualmente, o intervalo é de dois anos.

“É saudável ter a autonomia do Banco Central, mas eu questionei esses 2 anos de um presidente do BC de governos passados. Eu fiz esse questionamento aqui. Esse 1 ano é mais do que suficiente, que é o tempo de se adequar e passar o bastão (...). É 1 ano para que possa ter alguém que possa ter um diálogo institucional, jamais de vinculação ou de direcionamento de política monetária. Mas um diálogo institucional mais fácil, seja este presidente ou o próximo que virá”, disse.

As declarações de Tebet ocorreram um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificar suas críticas ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto. Lula mostrou-se ‘ressentido’ com o fato de Campos Neto ter sido homenageado pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom) pelo fim da era de cortes no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), bem como pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.  Devido à indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, Campos Neto é acusado por setores governistas de politizar o BC e de ser "bolsonarista".

 


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