Sound of Freedom: o filme que não querem deixar você ver
Muitos consideram o filme e o tema em geral muito “duro” para passar por aí. Outras críticas, como uma na página da Wikipédia, alegam que, diante de fatos tão assombrosos, Ballard se hipersensibilizou e provavelmente exagerou nos detalhes do filme - dizem que os fatos, na vida real, não são tão escabrosos assim. Entenda as censuras
O longa-metragem Sound of Freedom (Som da Liberdade), que trata sobre tráfico infantil, protagonizado por Jim Caviezel – intérprete de Jesus em A Paixão de Cristo, ganhou grande destaque na imprensa mundial nas últimas semanas, muito pela façanha de ter superado blockbusters (arrasa-quarteirões) renomados ao assumir o topo das bilheterias norte-americanas, mesmo em meio à tanta censura. Isso mesmo, muita censura. Mas que controvérsia vem ajudando a colocar a produção sob os holofotes da mídia?
O thriller ultrapassou a notável marca de US$ 100 milhões nas bilheterias dos EUA, após apenas 16 dias de exibição. A produção independente teve uma estreia sólida, arrecadando US$ 14,2 milhões em território norte-americano. Desde a estreia, o filme vem continuamente ganhando proeminência e registrou aumento de 38% na receita no fim de semana mais recente, atingindo US$ 27,2 milhões.
O resultado é notável, considerando o desempenho decepcionante das bilheterias americanas durante este verão, que tem visto uma rejeição do público em relação aos grandes blockbusters e franquias, graças à agenda woke (progressista) forçada. Tal tendência resultou em desapontamentos nas bilheterias, como aconteceu com The Flash e Indiana Jones e o Chamado do Destino.
Por essas e milhares de outras razões, foi disseminado o seguinte jargão nas redes sociais: “Go woke, go broke” (Algo como: “Seja progressista e vá à falência” ou ainda "Quem lacra não lucra").
Contudo, em relação à reação da mídia – e vai saber mais quem – diante do tema polêmico tratado no filme, a obra segue sendo totalmente censurada. Vídeos de toda parte do mundo mostram que estão fazendo de tudo para proibirem a disseminação do filme. Desde expulsão das salas de cinema até retirada dos cartazes. Segundo informações obtidos pela própria equipe BSM, existe a possibilidade de o filme não ser distribuído no Brasil.
Algumas pessoas compilaram diversos vídeos dos "casos estranhos" envolvendo a censura do filme, como a seguinte postagem, que diz: "Eu reuni uma compilação de eventos estranhos envolvendo a exibição de 'Sound of Freedom' nos cinemas! Pedowood [a sociedade dos pedófilos] está tentando freneticamente impedir você de ver este filme".
— Matt Wallace (@MattWallace888) July 17, 2023
No último sábado (14), até Elon Musk, CEO do Twitter – ou “X” –, deixou um comentário no trailer do filme publicado na plataforma, oferecendo-se para exibi-lo na rede social e afirmando que não cobraria nada pela exibição. Em resposta, a produtora do filme afirmou: “Essa é uma ideia interessante. Vamos conversar!”. O objetivo de Musk, supostamente, é romper a barreira da censura ao filme e aumentar a conscientização sobre o tráfico de crianças no mundo.
Mas, para entendermos melhor a polêmica e as censuras por trás de Sound of Freedom, precisamos entender quem é Tim Ballard, o protagonista, conforme já explicamos no BSM. Explicando o filme, chegamos à solução de quem é o personagem:
O filme
“Tim Ballard, um ex-agente, deixa seu emprego como agente especial da Homeland Security Investigations (HSI) para se tornar um vigilante e embarca em uma perigosa missão para resgatar crianças de cartéis e traficantes de pessoas na América Latina”, diz a sinopse de o “Som da Liberdade”.
O filme é distribuído pelo Angel Studios, o mesmo que lançou a renomada série — ainda em curso — The Chosen, também sobre Jesus e seus apóstolos. O filme é dirigido por Alejandro Monteverde.
O tráfico infantil continua crescendo e crescendo ao longo dos anos, inclusive no Brasil. Só neste ano, já noticiamos vários casos de pedofilia e estupro, como por exemplo o caso do petista que sequestrou, estuprou e gravou uma menina de 12 anos; o caso dos jovens que realizavam assédio sexual online no Discord; e até paradas gay que carregavam o slogam “crianças trans existem”, com incentivo governamental.
Contudo, a resistência da mídia em relação aos filmes que denunciam essas coisas é fortíssima, segundo Caviezel. Demoraram 4 anos para a produção do filme, não só pelas dificuldades técnicas, mas também por toda a burocracia e pela delicadeza e gravidade do tema. Normalmente, como a Paixão de Cristo, Hollywood tacha esses assuntos de financially unfeasible, ou seja, é financeiramente inviável, porque “não é um assunto interessante”.
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Angel Studios, Inc. é uma empresa de mídia americana e estúdio de distribuição de filmes que opera em serviço de vídeo. O streaming está disponível em todo o mundo e pode ser acessado por meio de navegadores da Web ou por meio de aplicativo para celulares e TV. Eles lançaram a The Chosen (Os Escolhidos), que gerou numa “paulada” mais de 10 milhões de dólares. Eles disponibilizaram todo o seriado, que trata da vida de Jesus de Nazaré na perspectiva dos apóstolos, para ser assistido de modo totalmente gratuito.
O filme terá uma sequência, com o mesmo diretor, conforme anunciado por Caviezel. A sequência tratará de outra missão de Ballard, que ocorreu no Haiti. O ator de Cristo, que também está fazendo a sequência da Paixão, anunciou que provavelmente terá também um terceiro filme sobre o herói das crianças.
Tim Ballard passou 12 anos como agente especial no DSI. A maior parte do seu tempo foi gasta investigando os casos de crimes infantis, como o tráfico sexual. Segundo dados do Ministério do Trabalho das Nações Unidas, diz Ballard, neste momento existem cerca de 6 milhões de crianças ou mais “servindo” como escravas sexuais, no trabalho escravo e também na venda de órgãos. Ballard diz que já se envolveu nestes três casos diversas vezes.
Segundo ele, os EUA, várias vezes, está colocado como o país “número 1” no consumo de conteúdos infantis, sem contar com as informações obscuras, inclusive do trabalho escravo e do tráfico de órgãos. O filme começa com o resgate de um garotinho, uma das operações verdadeiras de Ballard. Uma das mais importantes denúncias introduzidas pela obra, diz o protagonista, que trabalhou na fronteira por 10 anos, é o de crianças que chegam sem documentação no país.
Em entrevista com Jordan Peterson, o protagonista do filme diz que, só nos últimos dois anos, cerca de 85.000 crianças desacompanhadas e sem a regulamentação documental exigida entraram no país. Sem checagem de DNA, sem checagem do fundo histórico da criança, nada. Ballard chama isso de “Economia da Pedofilia”. Entre todas essas crianças, centenas e centenas deles têm menos de cinco anos de idade. Esse problema, observado há anos pelo ex-agente, nunca recebeu a devida atenção.
Além disso, Ballard disse ter gravadas suas operações de resgate infantil, e citou o aterrorizante exemplo das Fábricas de Bebês, onde meninas de 15 anos ou menos são raptadas e mantidas em cativeiro para a “proliferação” de bebês, que nascem apenas para o abate e coleta de órgãos. Boa parte dessas gravações aparecem no meio do filme.
Por mais que esses movimentos já sejam oferenda diabólica, Ballard diz que, conforme dados coletados e fatos enfrentados, boa parte das crianças realmente são vendidas para rituais satânicos. Tudo isso está documentado pelo ex-agente.
A controvérsia
Contudo, para entender uma das principais acusações contra Ballard, retornemos à entrevista de Ballard e Caviezel ministrada por Peterson, conforme noticiada pelo BSM.
Tim Ballard é fundador e CEO da Operation Underground Railroad (OUR), entidade que localiza e resgata crianças vítimas de redes de tráfico sexual. Ele já acumulou uma década de experiência como agente especial no Ministério de Segurança Interna, trabalhando numa operação secreta para a equipe de combate ao turismo sexual infantil dos Estados Unidos (EUA).
Depois de ser questionado por Peterson, Ballard diz que a repercussão na mídia é quieta e muitas vezes cínica. Muitos consideram o filme e o tema em geral muito “duro” para passar por aí, uns se recusam a assistir por nojo, já outros, por intenções obscuras. Já outras críticas, como uma na página da Wikipédia, alegam que, diante de fatos tão assombrosos, Ballard se hipersensibilizou e provavelmente exagerou nos detalhes do filme - dizem que os fatos, na vida real, não são tão escabrosos assim.
Contudo, é aqui onde recai uma das principais acusações, quando Peterson alfineta Ballard com a pergunta: “Alguns te acusam de ser conspiracionista do ‘QAnon’. O que é isso?”.
O QAnon, segundo fontes, é um grupo anônimo, de direita, que dissemina teorias da conspiração. Qual conspiração? A de que uma casta de satanistas, estupradores, pedófilos e canibais está operando uma quadrilha globalista de tráfico sexual infantil, que conspirou contra o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, durante seu mandato. Tachar essa possibilidade como teoria da conspiração não parece muito mais uma teoria da conspiração dos próprios pedófilos e satanistas?
Voltando ao assunto de órgãos, Ballard conta da Feitiçaria da África: um boato comum, e também denunciado pelo QAnon de que as elites globais torturam crianças para recolher o “adrenocromo químico” de seu sangue, com propriedades medicinais, injetando-o em seus próprios corpos para manterem-se saudáveis e jovens. Mesmo que seja assustador e quase fantasioso, é real e sólido, segundo Ballard. O ex-agente contou que se deparou com essa situação na operação em diversas regiões da África.
Segundo ele, os responsáveis pela feitiçaria aproveitam que irão vender os órgãos das crianças e simplesmente bebem o sangue; não somente para o rejuvenescimento, mas também pelo satanismo. O protagonista das operações e do filme também encontrou casos, cara a cara, onde os criminosos penduram as genitálias das crianças no teto, acreditando que os “deuses do mal” os abençoará, ou algo assim.
Ballard diz que a conexão errônea se dá entre sua operação e o QAnon porque eles denunciam a mesma coisa. Contudo, o QAnon denuncia celebridades e políticos específicos, enquanto Ballard denuncia as ações concretas nas quais enfrentou como agentes de combate ao tráfico infantil. A mídia e o jornalismo sujo, vendidos para “não se sabe quem”, tentam difamar a operação de diversos modos.
Quebrando totalmente as pernas dos mentirosos, Ballard disse que sua equipe convida, e já levou, blogueiros, jornalistas e até políticos para dentro de suas operações para ver cara a cara os fatos que distorcem e abafam.
Contudo, contou o caso de uma blogueira que acompanhou uma das operações, onde houve a condenação de sete traficantes e o resgate e tratamento de nove crianças. Sete anos depois, a mesma blogueira decidiu fazer um texto criticando a dureza da operação, mas sem citar a condenação dos traficantes e a soltura das crianças. Qual seria sua intenção?
Segundo ele, a partir de 2006 a legislação abriu portas para que agentes especiais, como Ballard, pudessem cruzar as fronteiras do oceano e punir os americanos que estivessem cooperando com o abuso e tráfico sexual de crianças, como se tivessem cometido esses crimes em solo americano. Essa mudança foi a divisora de águas para Ballard, que saiu das investigações de “mero” conteúdo pornográfico infantil, para conhecer aquelas crianças cara a cara.
Depois dessa virada de chave, depois de ter encontrado e visto o terror que as crianças passavam, Ballard enfrentou problemas com o governo americano, onde ele iria perder seu distintivo pela falta de provas da correlação dos casos com americanos. Contudo, o problema já estava enraizado: Ballard já tinha criado um vínculo com as crianças. Além disso, Ballard era pai de seis.
Em toda sua história, já prendeu e interrogou todo tipo de gente, por exemlo, advogados, professores e clérigos, todos envolvidos com pedofilia e tráfico infantil. Contudo, quando o agente senta frente a frente e olha nos olhos do sujeito, segundo Ballard, se enxerga o mal e as verdadeiras intenções da pessoa. “Eles falam de crianças como se fosse falar do tempo, como se fosse um objeto à venda”, disse.
Ballard segue sendo acusado de “conspiracionista” e correlato ao QAnon. A esquerda já deu início ao seu processo de difamação, atribuindo ao filme o termo de “extrema-direita”.
Durante a operação narrada no filme Som da Liberdade, ocorriam duas operações simultaneamente com o mesmo propósito. Segundo o protagonista, o Angel Studios está produzindo um documentário chamado Triple Take, que narrará em maiores detalhes este evento triplo que rendeu a salvação de diversas crianças. O filme apresenta a operação de Ballard onde foram resgatadas 54 crianças. Contudo, o documentário será mais abrangente porque, na vida real, o ex-agente e sua equipe na verdade resgataram cerca de 120 crianças.
Confira aqui a matéria do BSM detalhando melhor o caso, a vida de Ballard e o filme: Em novo filme, ator que se converteu após interpretar Cristo vive ex-agente que salva crianças do tráfico infantil.
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