PF cumpre 2ª fase da Operação Venire sobre suposta falsificação de dados de vacinação contra a Covid-19
Em nota, o governo estadual informou que "não existe nada referente ao Governo do Rio na investigação".
A Polícia Federal iniciou nesta quinta-feira (04) a segunda fase da Operação Venire, que investiga a existência de uma organização suspeita de falsificar dados de vacinação contra a Covid-19 e inseri-los no sistema do Ministério da Saúde. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), a PF cumpre mandados nas cidades de Duque de Caxias (RJ) e na capital fluminense. A ação de hoje é um desdobramento da operação deflagrada em março de 2023, que resultou em buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro e na prisão do militar Mauro Cid.
Agora, a corporação investiga o ex-prefeito de Caxias, Washington Reis, e a secretária de saúde do município, Célia Serrano. “Contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias (RJ), seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nesses sistemas. A ação tem como objetivo, ainda, buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento”, informou a PF.
Após o encerramento das buscas, Washington Reis informou aos jornalistas que todas as vacinas registradas no município foram corretamente aplicadas. "A gente está sendo vítima não digo de covardia, que eu não sou frouxo. Zero [participação no esquema], vacinei no meio da rua mostrando meu braço, vacinamos todo o mundo". Criticando a operação, o senador Rogério Marinho afirmou que “há pouco tempo as notícias mostravam a Polícia Federal combatendo o crime, corruptos e traficantes. Agora, nos tempos do PT...”.
Em nota, o governo do Rio de Janeiro ponderou que a operação não ocorre especificamente no município de Duque de Caxias e que “não existe nada referente ao Governo do Rio na investigação e nem em fatos que comprometam a conduta do secretário Washington Reis”, que atualmente comanda a pasta estadual de Transportes. Apesar da expectativa de que a PF concluísse o inquérito até junho deste ano, a operação de hoje pode simbolizar novas articulações das autoridades para ações futuras semelhantes.
Com informações da Gazeta do Povo.
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