ENTREVISTA

O VÍRUS DO GLOBALISMO

Paulo Briguet · 1 de Abril de 2020 às 17:09 ·

Alexandre Costa, autor de “Introdução à Nova Ordem Mundial”, afirma que a pandemia está sendo utilizada para a implantação de políticas totalitárias

Alguma coisa muito estranha aconteceu com o mundo nos últimos 30 dias. De repente, um vírus de origem chinesa monopolizou as atenções dos governantes, da mídia, das instituições, das empresas, dos intelectuais e da população em geral. A civilização vestiu máscara, lavou as mãos com álcool gel e ficou à espera do pior. No Brasil, o comércio fechou as portas, a indústria parou, a bolsa despencou, as ruas se esvaziaram, as forças da lei passaram a prender cidadãos comuns e soltar presos condenados. Políticos com mandato e autoridades não-eleitas – sempre acompanhados pelos indefectíveis especialistas –, julgaram-se plenipotenciários e puseram-se a emitir ordens para vivos e mortos. Afinal, foi a Dona OMS que mandou! Decididamente, estamos todos infectados pelo coronavírus: se não no corpo, ao menos na mente. O SARS-CoV-2, organismo totalitário, não afeta apenas o corpo humano, mas também invade economias, sociedades e almas. Até nos atestados de óbito ele interfere. 

Mas a quem interessa a ditadura do vírus? Em busca de respostas, procuramos o escritor Alexandre Costa, autor dos livros “Introdução à Nova Ordem Mundial”, “Bem-Vindo ao Hospício” e “O Brasil e a Nova Ordem Mundial”. Não se trata um especialista em infecções virais, mas certamente é alguém que conhece profundamente os organismos que querem tomar conta do mundo por meio do controle social e da supressão de liberdades. Leia a seguir a nossa entrevista e entenda o que há por trás – e pela frente, e pelos lados – da pandemia que nos assola.


Paulo Briguet: Lênin dizia que a crise de 1905 foi um “ensaio geral” para a Revolução de 1917. Você acredita que, analogamente, a crise do coronavírus representa uma etapa de implantação do governo mundial?
Alexandre Costa:
Todo movimento político de grandes proporções precisa de um ambiente cultural devidamente preparado de forma a possibilitar as transformações progressivas da sociedade. Apesar de a construção desse ambiente ocorrer de forma linear e acumulativa, quase sempre o avanço desses processos apresenta momentos de grande impacto, cujas consequências tendem a criar novos estágios, identificar obstáculos e adversários, além clarear os objetivos de forma a permitir uma reorganização, eventuais correções e atrair novos aliados. Esses eventos costumam não apenas contribuir para a aceleração dos acontecimentos, mas também para impedir que ocorra um retorno aos patamares anteriores. No caso da Revolução Russa, os acontecimentos de 1905 foram decisivos para acelerar o processo porque ampliaram as possibilidades e permitiram o agrupamento das forças contrárias ao czar, ao mesmo tempo em que enfraqueciam a imagem do soberano frente à população. Assim como para a formação do ambiente revolucionário russo foram necessários diversos eventos, inclusive anteriores a 1905, o desenvolvimento dos ideais globalistas também foram construídos lentamente e contaram com momentos marcantes.

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