GOVERNO LULA

Ministro da Agricultura afirma que governo não tem planos de novos leilões para importação de arroz

Luís Batistela · 3 de Julho de 2024 às 13:43 ·

Em junho deste ano, os produtores de arroz se reuniram na sede da Conab no intuito de demover a realização do leilão de arroz importado

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira (3) que a União não planeja realizar novos leilões para a importação de arroz no momento. Durante o mês de maio, quando o Rio Grande do Sul foi severamente afetado por tempestades, o governo federal anunciou planos para realizar leilões visando a compra de arroz de outros países, dado que o estado é responsável por 70% da produção nacional. Em uma entrevista ao programa Em Ponto da Globonews, Fávaro argumentou que "os preços do arroz já cederam e voltamos aos preços normais”. As informações foram publicadas pelo G1.

Durante as enchentes, o Rio Grande do Sul já havia colhido 80% da safra. Apesar das associações afirmarem que não havia necessidade de importação, o governo manteve os planos para a compra de arroz estrangeiro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço do alimento aumentou 30% para os consumidores no país. O primeiro leilão, inicialmente marcado para 21 de maio, foi suspenso, e o último, realizado em 6 de junho, foi declarado nulo pelo governo federal.

"Tivemos problemas, é fato, nós cancelamos esses leilões. Mas o fato real é que, com a sinalização de disponibilidade do governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro, além da volta da normalidade em estradas, os preços do arroz já cederam e voltamos aos preços normais (...). Já temos arroz, em algumas regiões do país, a R$ 19, R$20, R$ 23 e R$ 25, o pacote de 5 quilos, o que está dentro da normalidade. Então, me parece que é mais plausível nesse momento a gente monitorar o mercado, não havendo especulação, na minha avaliação não se faz necessário novos leilões”, informou o ministro.

Fávaro explicou que fará uma reunião hoje com a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Fedearroz) para “buscar alguns compromissos com eles, de estabilidade de preço, de logística e frete”. “Eles mesmos podem nos dizer um momento, se for necessária, alguma intervenção do governo. Por ora é prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulo à produção. Não se faz necessários novos leilões”, disse. O encontro ainda contará com a presença do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.

Em junho deste ano, os produtores de arroz se reuniram na sede da Conab no intuito de demover a realização do leilão de arroz importado. Na ocasião, eles destacaram que os balanços de oferta e demanda da Conab indicava um estoque final de arroz maior do que o inicial. Os produtores apresentaram dados que mostravam que a produção brasileira de arroz em 2024 foi de 10,49 milhões de toneladas, um crescimento de 4,6% em relação ao ano passado, mesmo considerando as perdas no estado gaúcho.

 


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