Por que a esquerda está errada sobre o PIB argentino
Como as reformas econômicas do governo Milei estão redefinindo o futuro da Argentina
Por João Favoreto
Embora possa se assemelhar aos famosos saltos ilógicos dados pela jornalista Miriam Leitão para defender seus chefes do Palácio do Planalto, este artigo é uma análise honesta e bem fundamentada sobre por que a queda substancial do PIB anual da Argentina, ao comparar o primeiro trimestre de 2024 com o primeiro trimestre de 2023, pode ser um dado louvável, representando um passo essencial do governo Milei na direção correta.
É importante ressaltar que a comparação também envolve os outros trimestres de 2023, quando a Argentina ainda estava sob o governo de Alberto Fernández, e que o único trimestre envolvido da gestão Milei é o primeiro de 2024, ainda muito influenciado pelas fracassadas políticas econômicas peronistas.
É preciso também compreender que a medida usada para avaliar a saúde econômica de um país, o PIB, é extremamente deficiente no que se propõe a fazer, devido a algumas razões.
Primeiro, o peso do fator “consumo” no cálculo é muito maior do que deveria. As etapas intermediárias do processo de produção são ignoradas em detrimento do produto final. Segundo, e mais importante para nossa presente avaliação: o gasto do governo é o segundo componente de maior peso no cálculo do PIB, o que supervaloriza gastos que quase sempre são mais prejudiciais do que benéficos para a economia de um país. Um estádio superfaturado, obras não finalizadas, ou até mesmo, no caso chinês, cidades inteiras construídas e hoje vazias são sempre algo positivo para o PIB. O Produto Interno Bruto também contabiliza o Produto Interno Inútil.
Como dito anteriormente, estes gastos não são inócuos. Eles apresentam um problema gravíssimo: o direcionamento de recursos da sociedade que seriam utilizados para atender demandas reais e mais urgentes da população — que só podem ser descobertas em um ambiente de livre mercado, sujeito a um sistema de lucros e prejuízos — para projetos ineficientes e superfaturados ou outros gastos improdutivos. Gastos estes que são oriundos de impostos ou da expansão monetária, e quanto maiores forem, mais irão asfixiar a economia real de um país.
A queda do PIB sob o governo Milei está relacionada à reestruturação e ampliação da atividade econômica argentina, que o próprio presidente se propôs a fazer desde o primeiro dia de seu governo. Há um tempo necessário para que ocorra a canalização de recursos antes mal gastos pelo governo para setores produtivos, criados espontaneamente por pessoas que hoje se encontram em um lugar cada dia mais livre.
Portanto, a redução do gasto público e a queda do PIB como resultado são passos fundamentais em direção à prosperidade do povo argentino.
— João Favoreto é agrônomo, católico e entusiasta da escola austríaca de economia.
"Por apenas R$ 12/mês você acessa o conteúdo exclusivo do Brasil Sem Medo e financia o jornalismo sério, independente e alinhado com os seus valores. Torne-se membro assinante agora mesmo!"