Carlo Maria Viganò é excomungado por cisma

O Dicastério para a Doutrina da Fé anunciou nesta quinta-feira (04) a excomunhão do ex-núncio apostólico dos Estados Unidos, o arcebispo Carlo Maria Viganò, por “sua recusa em reconhecer e sujeitar-se ao Sumo Pontífice, da comunhão com os membros da Igreja e da legitimidade e da autoridade magisterial do Concílio Ecumênico Vaticano II”. No dia 28 de junho, Viganò emitiu uma declaração intitulada J’accuse (Eu Acuso) convidando os bispos do mundo inteiro a se revoltarem contra a hierarquia da Igreja e classificando o Papa Francisco como subordinado da “Nova Ordem Mundial”.

No dia 20 de junho, Viganò anunciou por meio de suas redes sociais que o Dicastério havia o notificado por e-mail sobre a instauração de um processo judicial. O arcebispo então deveria “tomar conhecimento das acusações e provas relativas ao crime de cisma do qual é acusado (declarações públicas das quais resulta a negação dos elementos necessários para manter a comunhão com a Igreja Católica: negação da legitimidade do Papa Francisco, ruptura da comunhão com ele e rejeição do Concílio Vaticano II)”. Como Viganò não apresentou defesa, foi-lhe designado um defensor público.

A excomunhão impede o arcebispo de realizar as seguintes atividades: administrar e receber os sacramentos; administrar os sacramentais e celebrar missas e cerimônias de culto litúrgico; exercer cargos, deveres, ministérios ou funções eclesiásticas; e executar atos do governo. Apesar das limitações impostas, a excomunhão possui um caráter educativo, convidando o sentenciado a realizar um profundo exame de consciência e buscar sua reintegração à Igreja durante este período de espera. O caso está sendo amplamente discutido, com todas as suas complexidades, pelo apresentador diretor de opinião do BSM, Bernardo Küster, em seu programa “Bernardo Küster Show”.

Assista:

• Bernardo Kuster Show - Ep #46 - Arrependei-vos, pois, e convertei-vos
• Bernardo Küster Show – EP #47 -- Arrependei-vos, pois, e convertei-vos (Part. 02)

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