MINAS GERAIS

Eleição para o conselho tutelar de BH é anulada após vitória de conservadores

João Pedro Magalhães · 10 de Outubro de 2023 às 17:19 ·

Segundo informações divulgadas pela administração municipal, aproximadamente 53 mil cadastros foram realizados para participar da eleição, porém, apenas 49 mil votos foram registrados. Essa discrepância motivou a anulação

A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou, na segunda-feira (9), a anulação da eleição para o Conselho Tutelar da cidade. A decisão foi divulgada pela secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Rosilene Rocha, com fundamento em uma suposta inconsistência entre eleitores cadastrados e votos computados. A nova votação foi marcada para o dia 3 de dezembro.

Segundo informações divulgadas pela administração municipal, aproximadamente 53 mil cadastros foram realizados para participar da eleição, porém, apenas 49 mil votos foram registrados. Essa discrepância motivou a anulação.

Saiba mais em: Defensoria Pública de Minas Gerais quer anular votação do Conselho Tutelar em BH.

A professora Luciana Haas Leivas, presidente da Associação Guardiões da Infância e da Juventude, atua na proteção da inocência e da integridade de nossas crianças diante das ameaças representadas pela ideologia de gênero e teve um papel fundamental na eleição de conselheiros tutelares cristãos e conservadores na capital mineira.

Diante da anulação, a especialista comentou: "Que saibamos, uma eleição a conselheiro tutelar nunca foi cancelada na nossa cidade. A Prefeitura já tinha reconhecido o resultado dessa eleição. Inclusive importante dizer que muitos candidatos de esquerda ou apoiados tradicionalmente por vereadores não foram eleitos."

Segundo Leivas, a anulação teve motivação política, com o fim de evitar que os cristãos e conservadores eleitos assumissem seus cargos de liderança.

"Uma semana após, a Prefeitura muda seu posicionamento e cancela a eleição. Isso é o que nos parece estranho. Nossa desconfiança de que a anulação dessas eleições se deu por uma interferência ideológica é subjetiva ou fundada só em indícios, não em provas; porém, nós temos relatos da ocorrência dos mesmos problemas e outros até mais graves em eleições passadas como, por exemplo, o transporte irregular de eleitores patrocinado por candidatos, cujas denúncias nunca ensejaram sequer um procedimento administrativo visando a sua apuração. E justamente agora, que o resultado não favoreceu à esquerda e, sim, a um número significativo de candidatos eleitos por uma ampla e genuína movimentação de famílias que queriam conselheiros afins a seus valores, é usado um antigo problema que sempre se repetiu como motivo para anular as eleições. Consideramos que isso sim é estranho."

Para saber mais sobre a importância das eleições para o Conselho Tutelar e a perseguição à Direita e valores cristãos nessas eleições, assista à entrevista que a professora concedeu ao Jornal BSM:

 

 


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