CRIME

Traficante manda fechar igrejas católicas no Rio de Janeiro

Redação BSM · 8 de Julho de 2024 às 14:13 ·

Álvaro Malaquias, conhecido por “Peixão”, ordenou fechamento de três paróquias no Complexo de Israel. PM do Rio realizou hoje (8) para reprimir crime organizado na região

Três igrejas católicas no Rio de Janeiro fecharam suas portas no último sábado (7) por ordens de Álvaro Malaquias, conhecido como “Peixão”, chefe do tráfico no Complexo de Israel. A Paróquia Santa Edwiges, no bairro Parada de Lucas, e as Paróquias Nossa Senhora da Conceição e São Justino e Santa Cecília, no bairro Brás de Pina, foram notificadas por criminosos armados, gerando medo na comunidade local.

Peixão, líder do Terceiro Comando Puro (TCP), é evangélico autodeclarado e conhecido por sua intolerância religiosa. Ele utiliza símbolos judaicos, como a Estrela de Davi, para marcar seu território, e chegou a se autointitular “Arão”, profeta bíblico e irmão de Moisés.

Após as denúncias, a Polícia Militar realizou uma operação no Complexo de Israel nesta segunda-feira (8) para reprimir o crime organizado, combater roubos de veículos e cargas e remover barricadas. Agentes do 16º BPM (Olaria) e do Grupamento Especializado de Salvamento e Ações de Resgate (Gesar) atuaram nas comunidades Cinco Bocas, Cidade Alta e Pica-Pau, enquanto equipes do Comando de Operações Especiais (COE) estavam em Parada de Lucas e Vigário Geral.

Mesmo com relatos de moradores e a confirmação do fechamento das igrejas, o Governo do Estado negou a existência de ameaças de traficantes. Em comunicado, garantiu a segurança da população e o funcionamento normal das paróquias. A Arquidiocese do Rio também afirmou que os templos estavam funcionando normalmente.

Peixão, que possui nove mandados de prisão em aberto por crimes como tráfico de drogas, homicídio e ocultação de cadáver, tem um histórico de fechar instituições religiosas que não seguem suas crenças. Antes das igrejas católicas, ele já havia fechado centros espíritas e terreiros de candomblé por meio de sua quadrilha, a “Tropa de Arão”.

 


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