ATAQUE A CRISTÃOS

Terroristas islâmicos deixam 4 mortos e 42 feridos em Missa de Advento nas Filipinas

Paulo Briguet · 4 de Dezembro de 2023 às 09:55 ·

Ataque ocorreu durante uma missa na Universidade de Mindanao. Grupo jihadista Estado Islâmico usou conta no Telegram para assumir responsabilidade pelo atentado

O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu o atentado a bomba que matou 4 fiéis católicos e deixou 42 feridos durante a Missa de Advento celebrada na manhã deste domingo (3) em um ginásio da Universidade Estadual de Mindanao, no Sul das Filipinas.

O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., condenou o ataque: “Extremistas que usam a violência contra inocentes sempre serão considerados inimigos em nossa sociedade”. O governo filipino determinou que a polícia e o exército reforcem as medidas de segurança no sul do país e na capital Manilla.

O governador da província de Lanao del Sur, Mamintal Adiong, também expressou repúdio ao atentado: “Ataques terroristas em instituições educacionais precisam ser condenados, porque esses locais promovem uma cultura da paz”.

No Vaticano, o Papa Francisco expressou solidariedade às vítimas, depois de sua oração do Ângelus, nesta manhã de domingo: “Gostaria de assegurar-lhes as minhas orações pelas vítimas do ataque nas Filipinas esta manhã, onde uma bomba explodiu durante a missa. Estou próximo das famílias, do povo de Mindanao que já sofreu tanto”.

O Estado Islâmico – que tem conta no Telegram – anunciou pela rede social que assume responsabilidade pelo ataque: “Soldados do califado detonaram um dispositivo explosivo numa grande reunião de cristãos na cidade de Marawi”.

Na sexta-feira passada, as Forças Armadas filipinas mataram 11 terroristas do Dawlah Islamiyah, uma facção ligada ao Estado Islâmico. O ataque de ontem provavelmente uma retaliação ao estilo dos terroristas islâmicos: civis inocentes pagam com a vida pela morte de criminosos armados.

A ilha de Mindanao, onde cerca de 20% da população é muçulmana, sofre nas últimas décadas com as ações terroristas de grupos como Abu Sayaf, o Maúte e o Dawlah Islamiyah. Em maio de 2017, a cidade de Marawi, onde ocorreram os atentados de ontem, foi sitiada por membros do grupo Maúte, colocando-a sobre o controle do Estado Islâmico. Nos cinco meses seguintes, houve uma série de combates entre os terroristas islâmicos e as forças governamentais, com a morte de 1.200 pessoas, incluindo civis.

 

 


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