SATANISMO

Seita inaugura santuário dedicado a Lúcifer em Gravataí

Redação BSM · 9 de Agosto de 2024 às 17:20 ·

Instalação de estátua de 5 metros causa escândalo e críticas entre a comunidade da cidade gaúcha

A inauguração de um santuário dedicado a Lúcifer em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, está marcada para o próximo dia 13 de agosto. O espaço contará com uma estátua imponente de mais de 5 metros.

A ordem religiosa responsável, a Nova Ordem de Lúcifer na Terra, liderada por Mestre Lukas de Bará da Rua, descreve Lúcifer não como uma figura demoníaca, mas como o “portador da luz” e do autoconhecimento. Segundo o mestre, a imagem foi erguida em um terreno rural de cinco hectares e retrata a dualidade entre o humano e o esqueleto, simbolizando o espírito da divindade.

A construção do santuário, que promete ser o maior do Brasil dedicado a Lúcifer, gerou críticas e preocupações na comunidade local. Muitas pessoas associaram a figura de Lúcifer a práticas demoníacas, questionando a ofensa às religiões cristãs. A controvérsia se agravou com boatos sobre a utilização de recursos públicos na construção, o que tanto Mestre Lukas quanto a Prefeitura de Gravataí negam. Em nota, a prefeitura afirmou não ter conhecimento do projeto e que não há vínculo com verba pública.

A escolha da data de inauguração, 13 de agosto, é simbólica, coincidindo com a celebração de Hécate, uma divindade associada à magia e bruxaria. Este detalhe aumentou a controvérsia, pois alguns veem a data como um sinal de provocação.

Nas redes sociais, a notícia dividiu opiniões. Muitos moradores expressaram indignação, chamando a iniciativa de “desrespeitosa” e "perturbadora". Comentários como “Chegamos ao fim dos tempos” e “Isso é um desrespeito” refletem o descontentamento com o santuário. Por outro lado, defensores da liberdade religiosa alegam que respeitar as crenças alheias é fundamental e criticam o preconceito contra religiões diferentes.

A criação do santuário também trouxe à tona debates sobre a pluralidade religiosa e a liberdade de culto. A ordem religiosa afirma que o espaço é destinado apenas a pessoas já iniciadas na fé e que a segurança dos seguidores foi uma preocupação importante, especialmente após ameaças recebidas.

 


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