CORONAVÍRUS

Não existe vacina 100% eficaz

Douglas Pelegati · 29 de Outubro de 2020 às 15:23 ·

Governos e laboratórios têm a responsabilidade de fornecer dados seguros sobre as vacinas de Covid-19 que estão sendo desenvolvidas e informar corretamente a população.

Entre as diversas opções disponíveis de vacinas contra a Covid-19, nenhuma se mostrou ainda segura o suficiente para o uso geral. As vacinas lideradas pela AstraZeneca PLC, pela Universidade de Oxford, e algumas outras, estão próximas o suficiente de uma validação geral e aprovação de uso emergencial. Mas qual é o histórico de vacinas experimentais e ações dos governos ao longo do tempo? Faz sentido, hoje, negar-se a receber uma vacina que se mostre 100% eficaz?

 

A falácia da eficácia total

Quem acredita que vacinas são completamente seguras está enganado, mas também se engana quem só vê ali uma arma biológica. 

Vacinas são, de modo geral, prevenções de grupo que imunizam uma população inteira, ou parte significativa dela, a fim de evitar surtos como o da varíola em 1904. As vacinas assim como não são 100% eficazes, também não são 100% seguras e, portanto, eventos adversos podem ocorrer após a aplicação das mesmas, afirma o Ministério da Saúde [1].

No caso da BCG, por exemplo, um estudo [2] com 1.325 recém-nascidos identificou 12 reações adversas à vacina, o que corresponde a 0,9% do grupo de estudo. A taxa de letalidade da tuberculose, entretanto, é de 15,1% em pacientes internados. Desenvolvida desde 1921, a BCG é talvez um dos casos mais claros e acessíveis de pesquisa a respeito da imunização.

Já no caso da chinesa Coronavac os efeitos adversos...

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