Lula reúne-se com Zelensky na quarta-feira, em Nova York

O presidente empossado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se reunirá com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na próxima quarta-feira (20) em Nova York (EUA). O encontro será logo após uma reunião entre o petista e o democrata Joe Biden, presidente dos Estados Unidos.

Lula está na cidade americana para participar da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) e a reunião foi marcada com o chefe de estado ucraniano meses após o polêmico desencontro entre os dois presidentes na cúpula do G7, em maio deste ano. Na ocasião, o petista ignorou a presença de Zelensky – que tem insistido em um encontro com Lula para que o comunista passe a pressionar seu amigo e ditador russo, Vladimir Putin, a parar com os ataques à Ucrânia.

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Até o momento, Lula tem se recusado a declarar apoio à Ucrânia e chegou a afirmar que Zelensky "quis a guerra", em uma entrevista à revista Time no início deste ano, quando disse o seguinte:

"Eu não conheço o presidente da Ucrânia. Agora, o comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Ou seja, ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação [...] Ele quis a guerra. Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais. É assim. Eu fiz uma crítica ao Putin quando estava na Cidade do México, dizendo que foi errado invadir. Mas eu acho que ninguém está procurando contribuir para ter paz. As pessoas estão estimulando o ódio contra o Putin. Isso não vai resolver! É preciso estimular um acordo. Mas há um estímulo [ao confronto]. Você fica estimulando o cara [Zelensky] e ele fica se achando o máximo. Ele fica se achando o rei da cocada, quando na verdade deveriam ter tido conversa mais séria com ele: ‘Ô, cara, você é um bom artista, você é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer’. E dizer para o Putin: ‘Ô, Putin, você tem muita arma, mas não precisa utilizar arma contra a Ucrânia. Vamos conversar!’"

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