Hoje é dia de S. Titus Brandsma, padroeiro e mártir da liberdade de expressão
Padre e jornalista holandês Titus Brandsma foi morto no campo de concentração de Dachau há 81 anos. Seu crime? Dizer a verdade em tempos de tirania
“Embora o neopaganismo não queira mais o amor, o amor reconquistará o coração dos pagãos. A prática da vida fará dele sempre de novo uma força vitoriosa, que conquistará e manterá atados os corações dos homens.”
(Titus Brandsma)
“Pobre jovem, eu rezarei por você.”
Essas foram as últimas palavras do padre holandês Titus Brandsma, segundo a enfermeira que lhe aplicou uma injeção letal por ordem do comando nazista, no campo de concentração de Dachau, em 26 de julho de 1942. Brandsma foi canonizado pelo Papa Francisco no próximo dia 15 de maio, na Praça de São Pedro, juntamente com mais duas religiosas, a francesa Maria Rivier e a italiana Maria de Jesus. Sua festa litúrgica é comemorada hoje, 27 de julho.
Nascido em 1881, Brandsma era sacerdote carmelita, atuou como professor universitário ― lecionava filosofia e história da mística na Universidade Católica de Nijmegen ― e em 1935 foi nomeado pelos bispos holandeses como assistente eclesiástico dos jornalistas católicos. Nesta última função, ele utilizou a rede de jornais católicos na Holanda para defender a liberdade de informação e combater a doutrina do nacional-socialismo. Seus corajosos artigos se tornaram uma referência para os que resistiam ao avanço totalitário no país...