Há seis anos, morria a heroína Heley de Abreu, que se sacrificou para salvar seus alunos
No enterro de Heley, seu marido fez questão de demonstrar o carinho e admiração por todo o sacrifício de sua esposa. “Ela se foi por salvar vida das crianças. Acho que a missão dela era esta, salvar vidas. Mesmo sofrendo, eu tenho que aceitar. Foi por obra de Deus. E Deus é justo”, afirmou Luiz Carlos.
Há exatos seis anos, morria a heroína Heley de Abreu Silva Batista, que sacrificou a própria vida para salvar seus alunos em uma creche na cidade de Janaúba, em Minas Gerais. Na ocasião, um vigilante noturno do Centro de Educação Municipal Gente Inocente ateou fogo no prédio e, ao se envolver em luta corporal contra o criminoso e auxiliar as crianças a escaparem do incêndio, Heley teve 90% de seu corpo queimado e veio a falecer no hospital.
A heroína tinha 43 anos, era casada há 23 anos e mãe de três meninas. Nasceu em Montes Claros (MG) e, ainda na juventude, mudou-se para Janaúba onde, com pouco mais de 20 anos, se casou com Luiz Carlos Batista.
Ainda jovem, porém, perdeu seu primeiro filho, Pablo, que com apenas 5 anos, morreu afogado em uma piscina do clube que frequentavam.
A tragédia marcou profundamente o casal, mas amigos e familiares dizem que Helley continuou sendo uma pessoa extremamente gentil e sempre sorridente com os demais. Ainda, se dedicou profundamente a cuidar de sua família e das crianças da creche na qual trabalhava.
No enterro de Helley, seu marido fez questão de demonstrar o carinho e admiração por todo o sacrifício de sua esposa.
“Ela se foi por salvar a vida das crianças. Acho que a missão dela era esta, salvar vidas. Mesmo sofrendo, eu tenho que aceitar. Foi por obra de Deus. E Deus é justo”, afirmou Luiz Carlos.
O sr. Batista também contou aos jornalistas presentes no enterro que, na véspera do incêndio, Helley estava rouca e suas amigas tentaram convencê-la a não ir trabalhar no dia seguinte, mas a professora respondeu: "Eu tenho que ir para cuidar dos meus (as crianças). Não posso faltar”.
Ainda, as colegas mais próximas afirmavam que nos dias anteriores ao atentado na escola, Heley andava particularmente mais alegre, pois estaria próxima a data da formatura de seu marido em Odontologia.
“Ela era uma pessoa muito dedicada. Adorava o que fazia, nasceu para ser professora. Nem parecia que tinha enfrentado algum sofrimento na vida”, afirmou uma colega de trabalho da heroína. “A Heley sempre andava com um sorriso no rosto”, completou.
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