REDES SOCIAIS

Governo Lula usa notícia de 2017 para responder a memes sobre Taxadd

Redação BSM · 18 de Julho de 2024 às 16:51 ·

Perfil oficial do governo no Twitter/X destaca notícia da gestão de Michel Temer sobre queda do preço de frutas

O governo Lula utilizou nesta quarta-feira (17) uma notícia datada da gestão de Michel Temer para se defender de críticas nas redes sociais. A publicação, feita no Twitter/X oficial do governo, destacava uma notícia de 2017 da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) sobre a queda dos preços das frutas nos mercados atacadistas brasileiros, sem mencionar a data original. A intenção era sugerir uma economia brasileira fortalecida sob a atual administração, mas a informação rapidamente foi identificada como desatualizada por internautas, levando à exclusão da postagem após cerca de 50 minutos no ar.

Na legenda da postagem, que foi publicada às 12h37, o governo Lula sugere que enquanto as brincadeiras estão sendo veiculadas nas redes sociais, surgem novas notícias “mostrando a economia brasileira cada vez mais forte”. Cerca de 50 minutos após a publicação, a postagem foi deletada da conta do governo. No período em que esteve no ar, internautas apontaram o uso da notícia antiga da CNA.

A tentativa do governo de usar dados antigos como uma forma de promover a atual gestão foi recebida com uma enxurrada de críticas e memes, particularmente focados no ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Conhecido agora como “Taxadd” nas redes sociais, Haddad tornou-se alvo de piadas e descontentamento, especialmente após a aprovação de medidas como a reforma tributária e a controversa “taxa das blusinhas” pelo Congresso.

Em resposta às repercussões negativas, membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e o próprio ministro Haddad defenderam as ações do governo. Jilmar Tatto, Secretário de Comunicação do PT, argumentou que os memes “não refletem a eficácia das medidas implementadas pelo Ministério da Fazenda”. Ele destacou iniciativas como o sistema de cashback para famílias de baixa renda e a tributação diferenciada, o chamado “imposto do pecado” que visa desonerar os menos favorecidos e taxar produtos de luxo e hábitos prejudiciais à saúde – como, por exemplo, a “cervejinha” que Lula prometeu durante a campanha eleitoral.

 


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