DESGOVERNO LULA

Governo Lula anuncia fim das escolas cívico-militares e governadores reagem prometendo ampliação do programa

João Pedro Magalhães · 14 de Julho de 2023 às 11:05 ·

Conforme reltatório apresentado pelo MEC, o programa resultou em uma redução de 82% da violência física nas unidades escolares, de 75% da violência verbal, e de 82% da violência patrimonial. A evasão e abandono escolar também dimimuíram quase 80% 

Na última segunda-feira (10), o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Defesa, enviou ofício aos secretários de Educação estaduais de todo o país, para o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), criado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o governo petista, o programa  deve ser encerrado de maneira progressiva, para que o ano letivo seja finalizado "dentro da normalidade".

Ainda, o MEC pede que a transição não comprometa o cotidiano das escolas e as conquistas de organização resultantes do programa.

Dentre os motivos para o fim do projeto, os petistas acusam o programa de "desvio de finalidade" das atividades das Forças Armadas, bem como um problema de execução orçamentária. Contudo, o principal motivo apontado é a incompatibilidade do modelo didático-pedagógico adotado pelos militares com o sistema educacional brasileiro.

O fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares não significa o fim das escolas cívico-militares do país. Colégios que são ligados a programas estaduais ou municipais continuam em vigor, e os governadores e prefeitos ainda poderão integrar as escolas ligadas ao Programa abolido aos próprios programas.

Ainda, o encerramento do programa em nada afeta as Escolas Militares, visto que o Pecim era exclusivamente relacionado às escolas cívico-militares.

Governadores

Diante do grande repúdio que a medida do governo Lula causou, alguns governadores já afirmaram que integrarão as escolas cívico-militares aos próprios programas, para que sejam mantidas em funcionamento. Veja algumas declarações de governadores.

 

Ainda, o governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha (MDB) também afirmou que vai “manter e ampliar o programa das escolas cívico militares”.  Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) lamentou a decisão de encerrar o programa, e disse que irá "avaliar a manutenção do programa" junto a Secretaria de Educação do estado.

Resultados

Um dos fatos que mais gerou revolta em relação à abolição do Programa, foi o grande sucesso que ele tevem na melhora da educação pública. Os resultados almejados na criaçao do Pecim pelo governo anterior, foram alcançados satisfatoriamente. Contudo, por uma guerra ideológica que o atual governo petista trava contra a ordem, patriotismo e bons valores, o alto desempenho das escolas cívico-militares não foi suficiente para impedir o encerramento do programa. 

Conforme reltatório apresentado pelo MEC no final do último ano (2022), o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares resultou em uma redução de 82% da violência física nas unidades escolares, de 75% da violência verbal, e de 82% da violência patrimonial. A evasão e abandono escolar dimimuíram quase 80%, atingindo de maneira excepcional os objetivos do Programa.

A qualficação dos profissionais e desempenho de aprendizagem dos estudantes também alcançaram bons resultados. Por exemplo: em média, 88% das escolas relataram ter em seus quadros professores, gestores e funcionários com a formação adequada no exercício da sua função, e 80% dos alunos do centro-oeste apresentaram maior percentual na melhoria do aprendizado tanto em língua portuguesa, quanto em matemática. Em seguida, vem as regiões norte (76,5%), sudeste (66,7%), sul (53,3%) e nordeste (40%).

 

Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim)

Uma das principais pautas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a educação, o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares foi uma iniciativa do Ministério da Educação, em parceria com o Ministério da Defesa que permitia a transformação de escolas públicas para o modelo cívico-militar, com o auxílio da União. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.

O modelo também tinha o objetivo de melhorar o processo de aprendizagem nas escolas públicas e se baseia no alto nível dos colégios militares do Exército, das Polícias e dos Corpos de Bombeiros Militares. Nas unidades integradas ao Programa, os militares atuam no apoio à gestão escolar e à gestão educacional, enquanto professores e demais profissionais da educação continuam responsáveis pelo trabalho didático-pedagógico, dentro das salas de aulas.

Cerca de 200 escolas aderiram ao formato até 2022, de acordo com os dados divulgado pelo MEC no site do programa.

Leia também: Governo Lula vai acabar com escolas cívico-militares até o fim do ano

 


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