EDUCAÇÃO CENTRALIZADA

Fundeb permanente favorecerá doutrinação ideológica nas escolas

Especial para o BSM · 25 de Julho de 2020 às 12:25 ·

Os “intelectuais orgânicos” progressistas têm bons motivos para festejar: o governo dobrou a verba para eles intensificarem agora, com mais força, o domínio ideológico da esquerda na educação

 

Na última terça-feira, 21 de julho de 2020, a Câmara dos Deputados votou, em dois turnos, a PEC 15/2015, que torna o Fundeb permanente e dobra os recursos da União nos investimentos para a educação pública no País, fato este que foi festejado por toda a esquerda e até por muitos da direita. O próprio Presidente da República postou em sua rede social dizendo: “Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Um governo que faz na Educação. Transformamos o Fundeb em permanente, aumentamos os recursos e os colocamos na Educação”. O presidente, nesse ponto, talvez não estivesse devidamente informado sobre a situação, o significado e o impacto dessa votação. O líder do governo, Major Vítor Hugo (PSL-GO), também gravou vídeo confirmando o seu voto pelo Fundeb permanente, repetindo os mesmos jargões da esquerda. O pastor Silas Malafaia festejou o fato de o governo destinar mais verbas para o sistema centralizado e criticou duramente os parlamentares que votaram contra. Apenas sete deputados (todos da base bolsonarista) tiveram a coragem de exercer o voto consciente. No primeiro turno: Bia Kicis (PSL-DF), Chris Tonietto (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio Amaral (PSL-MG). Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) e Márcio Labre (PSL-RJ). No segundo turno, apenas seis mantiveram o voto. Márcio Labre se absteve. O Dr. Zacharias Calil (DEM-GO) se somou aos demais deputados que se posicionaram contra o Fundeb permanente. Imediatamente o PSL ameaçou expulsar os parlamentares do partido pela postura assumida, atentando assim contra a prerrogativa dos deputados da inteira independência do voto. No Senado, há poucas chances para reverter o cenário. O recém-empossado Ministro da Educação, acometido por Covid-19, ficou recolhido e manteve-se tímido no processo. O resultado da votação na Câmara evidenciou que pouquíssimos compreenderam a gravidade da situação. Nas redes sociais, muitos da base do governo não entenderam por que os deputados foram contra. O fato é que a grande mídia, a esquerda e os globalistas (das grandes fundações internacionais) comemoraram efusivamente. O governo conservador favorecia assim uma esmagadora vitória da esquerda em um dos campos mais estratégicos para a mudança de paradigma que se fazia necessária, desde a estupenda vitória no pleito de 2018. Justamente na Educação as coisas custavam a acontecer, e decorrido um ano e meio de governo, muito daquilo que deveria ter sido feito não fora ainda realizado. Os "intelectuais orgânicos" progressistas (espalhados por todo o sistema educacional), em todos os níveis, só tinham que festejar: o governo dobrou a verba para eles intensificarem agora, com mais força, a doutrinação ideológica nas escolas... 

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