Empréstimo bilionário para o BNDES deve aumentar dependência com a China, apontam analistas
Linha de crédito anunciada no final de semana por Aloizio Mercadante é cercada de poucos detalhes e muito mistério
No último sábado (15), durante visita oficial de Lula à China, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloízio Mercante (PT), anunciou que a instituição de fomento captou US$ 1,3 bilhão em empréstimos (cerca de R$ 6,4 bilhões) feitos junto ao China Development Bank (CDB).
De acordo com o BNDES, o acordo teria sido dividido em duas partes: US$ 800 milhões para investimentos de longo prazo e US$ 500 milhões para aplicações de curto prazo.
“Esse acordo com o CDB é resultado da volta do protagonismo do Brasil no mundo. Um país respeitado internacionalmente abre mais oportunidades de captação e de diversificação das fontes de recursos para o BNDES”, declarou Mercadante, que preside hoje o banco graças, principalmente, a uma canetada do STF que alterou a Lei das Estatais.
Justamente pelo BNDES ter encerrado o ano fiscal de 2022 com superávit aproximado de R$ 44 bilhões, o anúncio do empréstimo, feito com aprovação do ditador Xi Jinping, causou certa estranheza a analistas do mercado e assuntos internacionais.
Quase todos se perguntaram: O que estaria realmente por trás da linha de crédito cedida a uma instituição saudável, e que ainda tem a receber quase R$ 5 bilhões de devedores, como Venezuela e Cuba?