ISRAEL-HAMAS

Em meio a crise diplomática, governo Lula denuncia Israel na corte internacional de Haia

João Pedro Magalhães · 20 de Fevereiro de 2024 às 16:06 ·

O Itamaraty se posicionou no sentido de denunciar que as respostas israelenses aos ataques do Hamas são "desproporcionais e indiscriminados", violando o direito do povo palestino à autodeterminação

Durante audiência na Corte Internacional de Justiça, em Haia, nesta terça-feira (20), o governo brasileiro apresentou denúncia contra Israel pela invasão de territórios palestinos. A delegação do Itamaraty destacou que as ocupações e violações perpetradas por Israel não podem ser toleradas pela comunidade internacional e foram categorizadas como "ilegais" e equivalentes a uma "anexação".

A Corte Internacional de Justiça foi acionada para se pronunciar sobre a situação palestina por solicitação da Assembleia Geral da ONU.

Os juízes internacionais foram convocados a se pronunciar sobre a situação dos palestinos em todos os territórios ocupados. Antes disso, porém, o tribunal permitiu que os governos interessados se expressassem, seja em defesa dos palestinos ou dos israelenses, com um total de 54 inscrições para intervenções durante a audiência.

"Israel deve colocar fim à ocupação da Palestina", afirmou a delegação brasileira, representante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também exigiu reparações para o povo palestino.

O Brasil ressaltou a importância de um pronunciamento de Haia para esclarecer as implicações legais dos atos de Israel, enfatizando a gravidade das ações israelenses. Mesmo considerando que o tema vai além do caso de Gaza, o Itamaraty se posicionou no sentido de denunciar que as respostas israelenses aos ataques do Hamas são "desproporcionais e indiscriminados", violando o direito do povo palestino à autodeterminação.

A participação do Brasil em Haia ocorre em meio a uma profunda crise diplomática entre o governo de Israel e a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  
 

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