DIÁRIO DE UM CRONISTA

É proibido falar sobre assassinato de bebês

Paulo Briguet · 25 de Julho de 2024 às 15:49 ·

Marina Helena ousou criticar decisão de Alexandre de Moraes sobre assistolia fetal. E jornalista do UOL ficou furiosa
 

 Em meus 32 anos de jornalismo, já presenciei muitos episódios vexatórios da mídia brasileira, mas confesso que poucas vezes me senti tão constrangido como diante do comportamento da jornalista Raquel Landim, do programa UOL News, na sabatina de Marina Helena, candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, nesta quarta-feira (24). Em determinado ponto da entrevista, quando Marina respondia sobre a canetada de Alexandre de Moraes acerca da assistolia fetal (o nome técnico da tortura e assassinato de crianças no ventre de suas mães), a jornalista a interrompeu várias vezes de modo abrupto e prepotente, com a clara intenção de impedir que a candidata expressasse o seu pensamento. Ficou evidente que, naquele programa, é proibido falar sobre assassinato de bebês.

Tenho afirmado várias vezes que o aborto se tornou uma espécie de sacramento central da religião civil esquerdista no Brasil e no mundo. E a explicação para isso é muito simples: se o assassinato de bebês é permitido, todos os outros crimes se tornam irrelevantes. Diante da tortura e morte de uma criança plenamente formada e viável dentro do ventre materno, qual é o problema em roubar bilhões das estatais, sufocar a economia com impostos e taxas sem fim, condenar a 18 anos de cadeia pais de família e idosas inocentes, implantar um sistema eleitoral inauditável? Se o aborto é permitido, tudo isso é aceitável. O “direito” ao aborto é uma espécie de salvo-conduto para os transformadores do mundo.

Quando Marina tentou mostrar aos jornalistas do UOL que um ministro do Supremo não pode dar uma de Herodes e determinar o assassinato obrigatório das crianças — pois foi exatamente isso que ele fez —, Raquel Landim tentou de todas as formas impedir que a candidata completasse o seu raciocínio. Talvez Landim estivesse desesperada por saber que Marina Helena teria um tempo inferior aos de outros candidatos — Nunes, Boulos, Marçal, Datena e Tabata (esta última empatada com Marina nas pesquisas). Todos eles tiveram uma hora para expor suas ideias, ao passo que Marina ficou com apenas 20 minutos. O olhar de Landim era de pânico; enquanto Marina tentava falar, a jornalista repetiu diversas vezes que não iria “permitir desinformação” e ameaçou encerrar a entrevista. Restou provado que a censura ocupa um lugar central na alma dessa gente.

Ao BSM, Marina Helena comentou o episódio:

“Às vezes eu sinto que política é solitária e difícil para quem tem valores, trabalha com a verdade e é de direita. Eu fui impedida de falar, e de uma maneira completamente histérica. Sabemos que a mídia é enviesada, mas agora parece que as coisas pioraram. Eles querem nos calar, querem silenciar completamente o outro lado. Dadas as circunstâncias, acredito que eu fui muito calma e até polida, mas nunca vi algo parecido. Ficou bem claro que ser de direita e defender a vida é um crime para essa gente. Mas eu sei que represento muito mais pessoas do que esses jornalistas e continuarei meu caminho na política. Eu vou brigar, eu vou lutar. Essas coisas me tornam muito mais forte”.

 


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