Cubanos sofrem com escassez de pão
O Minal informou que apenas um dos cinco processadores de trigo do país está operando no momento, produzindo meras 250 toneladas diárias de farinha, muito aquém das 20 mil toneladas mensais necessárias para a produção dos pães distribuídos na cesta básica subsidiada
O regime comunista cubano anunciou a impossibilidade de assegurar o fornecimento de pão na cesta básica nos próximos dias, devido à escassez de farinha de trigo que o país enfrenta atualmente. O anúncio foi feito no domingo (25). O Ministério da Indústria Alimentar (MINAL) afirmou que a falta de pão oferecido através do cartão de racionamento se deve a “situações pontuais”, sem dar mais detalhes sobre o assunto.
Acontece que a ilha está enfrentando dificuldades na recepção de pacotes importados de trigo, e a dependência das importações de alimentos é de aproximadamente 80%. Nos últimos anos, o governo fechou acordos com países aliados – como a Rússia – para garantir a entrada de farinha de trigo para fazer pão, o básico na dieta cubana. O regime comunista de Cuba atribui a responsabilidade pelos problemas à imposição de embargos.
O Minal informou que apenas um dos cinco processadores de trigo do país está operando no momento, produzindo meras 250 toneladas diárias de farinha, muito aquém das 20 mil toneladas mensais necessárias para a produção dos pães distribuídos na cesta básica subsidiada. O país caribenho possui cinco moinhos para processar trigo: três em Havana, um em Santiago de Cuba (leste) e outro em Cienfuegos (sudeste).
O Minal destacou ainda que buscará diminuir o déficit de trigo utilizando produtos similares, capazes de substituir 15% da farinha necessária para a produção do pão. A pasta afirmou estar explorando "alternativas" com outros organismos locais e empresas privadas de pequeno e médio porte, que também importam farinha por conta própria.
Cuba sofre de grave escassez de alimentos e medicamentos, bem como de frequentes cortes de energia, de inflação galopante e de dolarização parcial da economia. A situação se deve aos efeitos da pandemia combinados com os erros na política económica e monetária.
A crise do pão agrava a escassez de alimentos e medicamentos que assola Cuba, juntamente com os frequentes cortes de energia, a inflação crescente e a dolarização parcial da economia. Tais desafios são resultado das políticas econômicas e monetárias implementadas pelo regime comunista de Miguel Díaz-Canel.
E é pior ainda: a crise com a distribuição do pão coincide com o regresso dos apagões por falta de combustível nos últimos dois meses. Neste domingo (25), a companhia estatal Unión Eléctrica estimou que o país enfrentará nos próximos meses apagões simultâneos em quase 32% do território, como resultado da falta de combustíveis.
Com informações do DW
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