PUTIN X WAGNER

Avião cai na Rússia e dez morrem; Prigozhin, do Grupo Wagner, estava na lista de passageiros

Rhuan C. Soletti · 23 de Agosto de 2023 às 15:39 ·

Prigozhin era o líder do Grupo Wagner, um exército de mercenários que foi empregado em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia

A Rússia afirmou que dez pessoas morreram depois que um jato executivo teve um acidente na região de Tver, no norte de Moscou, e o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, está com o nome na lista de passageiros, segundo a agência Tass, que é ligada ao governo. A informação foi dada nesta quarta-feira (23).

Prigozhin era o líder do Grupo Wagner, um exército de mercenários que foi empregado em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia. O grupo foi dissolvido depois de uma tentativa de um golpe na Rússia em junho.

Naquela ocasião, o grupo Wagner entrou em campanha para destituir o ministro de Defesa russo. O desentendimento começou após Prigozhin acusar o governo russo de promover um ataque contra acampamentos da organização.

A aeronave é fabricada pela Embraer, e fazia um voo de Moscou a São Petesburgo, com sete passageiros e três funcionários a bordo.


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Origem da crise

Em junho (23), o chefe do grupo Wagner acusou os militares russos de atacar a base de seu grupo. O Ministério da Defesa da Rússia negou que tenha havido esse movimento. O governo iniciou uma investigação criminal contra Prigozhin por “encenar uma insurreição armada”.

Prigozhin liderou uma revolta na qual os combatentes da Wagner assumiram o controle da cidade de Rostov-on-Don e derrubaram vários helicópteros militares. Os mercenários ainda começaram a avançar em direção a Moscou. O presidente Vladimir Putin chamou isso de um ato de traição que seria respondido com firmeza.

A Rússia está hoje travando uma luta árdua por seu futuro”, disse Putin. Ele chamou o ataque de traição de “neonazistas e seus mestres”.

Batalha

Para ele, é uma batalha e pediu unidade no país. Putin considera que esse é um cenário semelhante ao de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial. “Intrigas, brigas, politicagem pelas costas do exército e do povo levaram ao colapso do Estado e à tragédia da guerra civil”

O presidente russo garantiu que vai impedir o ataque e prometeu “defender a Rússia e seu povo (...) inclusive de motim interno”, que segundo entende, é uma ameaça de morte ao Estado e à Nação russa.

A revolta terminou com um acordo pelo qual o govenro russo afirmou que, para evitar derramamento de sangue, Prigozhin e alguns de seus combatentes deveriam partir para Belarus, e ele não seria processado por rebelião armada.


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