PF intima Bolsonaro, Michelle, Wassef e Cid para depoimento sobre joias
Os depoimentos dos 8 intimados serão simultâneos, com o objetivo de evitar uma possível combinação de respostas
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sua esposa Michelle Bolsonaro e outras 6 pessoas ligadas à investigação sobre a suspeita de venda ilegal de joias, que eram de natureza personalíssima, foram intimados pela Polícia Federal (PF) para prestar depoimentos no próximo dia 31 de agosto.
Além do casal Bolsonaro, foram convocados pela PF:
- Fabio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro;
- Frederick Wassef, ex-advogado de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, assessor especial de Bolsonaro;
- Mauro César Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Mauro César Lourena Cid, pai de Cid, general da reserva que foi colega de Bolsonaro na Aman;
- Osmar Crivellati, assessor de Bolsonaro.
Os depoimentos dos 8 intimados serão simultâneos, com o objetivo de evitar uma possível combinação de respostas.
O depoimento do grupo está previsto para ocorrerá no mesmo dia em que Bolsonaro deve ser interrogado sobre o caso dos empresários que discutiram suposto golpe de estado em mensagens de WhatsApp. Este é o quinto depoimento que Bolsonaro prestará somente neste ano.
Em 5 de abril, ele prestou depoimento na sede da investigação sobre as joias sauditas. Em 26 do mesmo mês, depôs no inquérito sobre o 8 de janeiro. No dia 16 de maio, prestou depoimento sobre suposta fraude de cartões de vacinação e um mês depois, em 12 de julho, prestou depoimento na investigação sobre o suposto plano de golpe de Estado denunciado pelo senador Marcos do Val.
O caso
As suspeitas da Polícia Federal são de que militares próximos ao ex-presidente (tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, e seu pai) tenham negociado ilegalmente joias no valor de mais de R$ 1 milhão, que teriam sido presentes para a Presidência durante o mandato de Bolsonaro e que, por isso, deveriam ser incorporadas ao patrimônio do Estado, e não de uma pessoa.
Os objetos foram trazidos pela comitiva de governo de Bolsonaro e foram confiscados pela Receita Federal (RF) no aeroporto de Guarulhos, no ano passado. Outras joias sob posse do ex-presidente também estão sendo alvo de apuração. O valor dos objetos está avaliado em R$ 17 milhões.
Arthur Virgílio, no entanto, explica que, quando Bolsonaro ganhou os presentes, estava vigente a PORTARIA Nº 59, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2018, do governo de Michel Temer (MDB), que classifica canetas, joias, semijoias e bijuterias como bens personalíssimos – bens de consumo direto pelo recebedor.
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