PRESIDENTE DA CÂMARA

Após adiar votação do PL 1904/24, Lira defende os "direitos das mulheres" em evento

Redação BSM · 1 de Julho de 2024 às 16:21 ·

"Promover os direitos femininos é um passo civilizacional que precisa ser dado", discursou o presidente da Câmara 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu os "direitos das mulheres" nesta segunda-feira (1), na 1ª Reunião de Mulheres Parlamentares do P20, o fórum do Legislativo dos países que compõem o G20, que está sendo realizada em Maceió (AL). A declaração foi dada após o deputado engavetar o PL 1904/2024, que criminaliza a realização de aborto após as 22 semanas de gestação.

“Promover os direitos femininos é passo civilizacional que precisa ser dado. Somente quando todas as mulheres tiverem voz, autonomia, segurança e oportunidade de alcançar seu pleno potencial é que teremos o mundo justo e harmônico que tanto desejamos”, afirmou, sem deixar claro de que "direitos" estava falando. 

O projeto adiado por Lira foi maldosamente apelidado pela imprensa de "PL do estupro" por criminalizar a realização do aborto após as 22 semanas em todos os casos, mesmo nas gestações resultantes de estupro. A opinião pública foi manipulada de tal maneira que os congressistas mais "moderados", como Lira, preferiram postergar a votação. 

A urgência do PL já havia sido aprovada em 12 de junho na Câmara, mas, após a repercussão, Lira e os líderes partidários anunciaram que o debate da proposta ficaria para depois do recesso do Congresso, que começa em 18 de julho. 

Depois da sua participação no fórum, Lira conversou com jornalistas e, embora defenda que o tema do aborto deva ser discutido pelo Congresso, a votação do PL 1904 de fato será postergada. "Essa pauta de aborto, como foi colocada com a defesa muito equivocada de estupradores e a crianças indefesas, ela foi justamente sobrestada. Vai ser levada no segundo semestre, com muito debate, discussão, clareza, para que não se criem essas versões para PL que não existe", disse. 

 


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