COVID-19

Alterações cardíacas secundárias ao uso de cloroquina

Especial para o BSM · 13 de Abril de 2020 às 16:32 ·

Médico arritmologista garante: o perfil farmacológico da hidroxicloroquina é muito seguro e o seu uso atualmente é feito em milhões de pessoas, com raras complicações importantes 

A cloroquina e seu derivado a hidroxicloroquina são medicações utilizadas no tratamento da malária e doenças reumáticas. Atualmente a associação da hidroxicloroquina e azitromicina foram descritas como tratamento promissor do Covid-19. Porém, possíveis efeitos colaterais como alterações oculares, nervos, músculos e cardíacas podem ocorrer.

Com ação semelhante a outras medicações que tratam arritmias, estes medicamentos podem causar alterações ao sistema de condução do coração, daí a preocupação do potencial de causar arritmias cardíacas.
 
Não estão estabelecidas relações com a dose ou tempo de uso da cloroquina para que ocorram alterações cardíacas e tampouco se é preciso predisposição individual ou genética para a sua ocorrência.

A maior preocupação em relação a estes medicamentos são sua alteração na “fase de descanso” dos ventrículos que são as cavidades do coração que “empurram” o sangue. Com isso, podem acontecer arritmias sérias, e em pouquíssimos casos arritmias graves e fatais.

Devemos lembrar de fatos que podem reduzir o risco:

1.    A duração do tratamento para a infecção do Covid-19 é curta (5 a 10 dias para infecções agudas).
2.    O risco de arritmia grave é menor que o potencial benefício do uso das medicações.
3.    Pode exister potencial maior para saúde da população, pois as medicações apressam a “limpeza”do vírus do organismo.

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