Advogado demonstra fragilidade em denúncia contra réu do 8 de janeiro
Além das divergências entre o suspeito apresentado nas câmeras de segurança do Planalto e a vítima perseguida, Bressan trajava uma vestimenta distinta daquela atribuída a ele pela PGR
O defensor legal de Daniel Bressan, Ezequiel Silveira, apontou a fragilidade do processo movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu cliente, detido por "conexão" aos eventos de 8 de janeiro. Com base em um laudo da Polícia Federal (PF), a PGR informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o manifestante havia adentrado o Palácio do Planalto. No entanto, a perícia não foi conclusiva quanto à identificação de Bressan como a pessoa registrada nas câmeras de segurança. Utilizando uma escala de -4 a +4, indicando a probabilidade de ser a mesma pessoa, a análise alcançou apenas -1.
Na petição ao STF, o advogado contestou a afirmação, evidenciando marcantes diferenças:
1) O cabelo do homem denunciado é mais volumoso;
2) A entrada na fronte é mais profunda e afinada;
3) Os óculos são de modelos diferentes;
4) Há uma pinta escura e de tamanho razoável no lado esquerdo da boca do denunciado que não aparece no outro indivíduo;
5) O denunciado aparenta ser mais novo que o indivíduo; 6) as orelhas do denunciado são mais protuberantes e descoladas do crânio.
Ainda, segundo a defesa, Bressan trajava uma vestimenta distinta daquela atribuída a ele pela PGR:
"Assim, não havendo adentrado em qualquer prédio público, é impossível que o denunciado tenha cometido os crimes a si imputado", destacou Silveira.
A PGR alegou na denúncia que, segundo a PF, a presença de Bressan foi confirmada na sede do Executivo. Apesar disso, o documento salientou que os resultados da análise "enfraquecem levemente" a hipótese de que ambos são a mesma pessoa.
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